Nina – A Heroína dos Sete Mares é uma animação francesa, dirigida por David Alaux, Eric Tosti e Jean-François Tosti, com roteiro também de Alaux e Tosti (a mesma dupla das animações Astro Kid e Princesa por Acidente.
Na história, a ratinha Nina (dublada por Kaycie Chase) trabalha como contadora em uma pacata, porém, conservadora, ilha na Grécia Antiga chamada Yolcos. Ela mora junto com o gato Sam, que a adotou e a protege, não a deixa sair da ilha, mas Nina tem o sonho de viajar e ser exploradora.
A paz da ilha é ameaçada quando Zeus recebe homenagem pelos humanos do local, causando ciúmes em Poseidon, que obriga os moradores a criarem uma estátua equivalente para não destruir o lugar. Nina e seus amigos partem em uma missão para proteger a ilha e conseguir o respeito de todos.
2023 é um ano concorrido para as animações, onde praticamente todos os grandes estúdios lançaram um blockbuster do gênero para chamar de seu. Algumas se tornaram grandes sucessos (Super Mario Bros, Aranhaverso), outras foram ganhando público com o tempo (Elementos, Tartarugas Ninja) e sem contar outras que estão por vir, como Wish, da Disney e até o mestre Hayao Miyazaki tem filme para este ano.
E neste cenário tão competitivo, como uma animação modesta como Nina pode se destacar?
Ela não chega a se destacar no mercado e nem no espectador, mas dificilmente causará repulsa em quem assistir. É como aquele aluno que passa de ano na média, cumpre o seu papel, mas que dificilmente o professor vai se lembrar no ano seguinte.
De fato, o 3D é muito competente, com destaque para a expressão dos personagens (sobretudo, da protagonista) e por se tratar de uma história que se passa em uma ilha, os detalhes do mar também não fazem feio.
Quem conhece a mitologia da Grécia Antiga, vai reconhecer os nomes e referências (as cenas de reunião entre os Deuses divertem muito), mas, para um público geral, independentemente da idade, vai se identificar com uma história de coragem, de pensar fora da caixa e de enfrentar os obstáculos da vida.
Não é novidade, é clichê e há diversos filmes melhores de motivação, mas apresenta uma mensagem muito positiva, embora não seja 100% de bom exemplo, afinal, ele é repleto de etarismo nas entrelinhas (os personagens de mais idade são tratados como piada pelo roteiro) e os ditos vilões são tão mal construídos que o espectador não consegue se envolver ou temer por eles.
Mesmo assim, vale dar uma espiada em Nina – A Heroína dos Sete Mares, seja pela mensagem, o clima de aventura conforme a trama avança ou até mesmo para conhecer um mundo diferente dos grandes estúdios de Hollywood.
Com um mundo cada vez mais abertos a novas culturas e formas diferentes de fazer cinema, nada impede de um estúdio de língua não-inglesa possa se destacar no ramo das animações. Quem sabe algum brasileiro consiga?
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