Como Treinar o Seu Dragão chega em live-action sem perder fogo nem coração | CRÍTICA
Como Treinar o Seu Dragão estreia esta semana nos cinemas brasileiros e eu ainda estou digerindo a ansiedade. A aguardada versão live-action adapta a aclamada animação de 2010 – hoje um clássico moderno – e mantém no leme o mesmo diretor, Dean DeBlois, agora com um orçamento digno de dragão adulto sob o selo da Universal Pictures. No elenco, brilham Gerard Butler (que já dublara Stoico), Mason Thames (O Telefone Preto) como Soluço e Nico Parker (The Last of Us) na pele de Astrid. Curiosidades que valem o ingresso A franquia nasceu na série de livros de Cressida Cowell (2003–2015) e já vendeu mais de oito milhões de exemplares pelo mundo. Gerard Butler é um dos raros casos de ator que atravessa da voz para o papel físico, repetindo Stoico quinze anos depois. Julian Dennison (Deadpool 2) encarna o nerdíssimo Perna-de-Peixe, que continua tratando dragões como fichas de RPG. A História O conto original, como o próprio nome diz, é sobre como treinar dragões. Mas a animação e o novo filme Como Treinar o Seu Dragão mostram como caçadores de dragões passam a questionar tudo e aprendem, na verdade, como se relacionar com essas criaturas. Outro ponto marcante é a mudança de Banguela. No livro, ele é um dragão pequeno e comum. Na animação e no filme, se torna um Fúria da Noite, o mais raro dos dragões, grande o suficiente para carregar dois humanos. O visual dele no live-action traz uma estética mais ameaçadora, realista e imponente. Como Treinar o Seu Dragão (a trama) Os vikings da vila de Berk vivem sob ataque constante de dragões, que roubam comida e animais. Soluço, filho de Stoico, deseja ajudar, mas é desajeitado e fisicamente frágil. Acaba atrapalhando mais do que ajudando. No entanto, em uma de suas trapalhadas, acerta um dragão, justamente um Fúria da Noite, criatura mítica que nunca havia sido vista. Ninguém acredita nele. Mas ao encontrar o dragão, ele não o mata. Pelo contrário, decide libertá-lo e interagir com ele. Nasce aí a amizade com Banguela, e o início de uma nova visão sobre os dragões. Soluço descobre verdades que nenhum viking imaginava. A Adaptação do Filme O filme adapta tanto o livro quanto a animação, fazendo alterações visuais e de tom. Algumas mudanças funcionam melhor no cinema do que na animação. Os dragões têm um design mais bestial e detalhado, o que reforça a sensação de perigo e admiração. Já os personagens também sofreram mudanças. Astrid e os gêmeos agora têm cabelos mais escuros. Cabeça-Quente aparece mais encorpada e com expressão menos caricata. Essas alterações visuais não afetam a trama e apenas marcam a diferença de linguagem entre animação e live-action. No geral, o filme mantém a essência do conto da animação e é fiel ao enredo, personagens e principais eventos. As alterações não desvalorizam a experiência, que se mostra envolvente e divertida como o original. Os efeitos visuais dos dragões ficaram espetaculares. Apesar do tom mais sério, ainda há espaço para risadas e momentos leves. Em conclusão, Como Treinar o Seu Dragão é uma adaptação cinematográfica envolvente e emocionante, capaz de encantar fãs antigos e novos públicos. Uma aventura épica que reafirma que, às vezes, a força mais poderosa não é o combate. É o afeto. Posts Relacionados: Cazuza: Boas Novas é poesia urgente em forma de documentário | CRÍTICA Bailarina: spin-off de John Wick que não te deixar respirar | CRÍTICA Confinado: Suspense Psicológico Restrito | CRÍTICA Não esquece de seguir o Universo 42 nas redes sociais:...
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