Streets of Rage 3, é um jogo lançado para Mega Drive em março de 1994, no Japão, conhecido por lá como Bare Knuckle 3 e foi lançado em junho do mesmo ano nos Estados Unidos (no meio da Copa do Mundo de 94 mesmo).
Streets of Rage é das franquias mais queridas dos 16 Bits e se o estilo de game beat ‘em up (ou simplesmente, briga de rua, como é mais conhecido por aqui) é muito popular entre os gamers da época, Streets of Rage também é uma das responsáveis por isso
Os dois primeiros jogos, lançados em 1991 e 92, respectivamente, foram um sucesso de público, crítica e o segundo jogo em especial, é considerado um dos melhores do console e não era difícil imaginar a expectativa para este terceiro, que é sim um grande jogo, mas é inferior aos dois primeiros, apesar das muitas qualidades e novidades.
Streets of Rage 3
Graficamente, o game está excelente, jogável até hoje e pouco envelheceu (o primeiro game, por mais qualidade que tenha, está com os gráficos mais datados). Outro ponto positivo é a velocidade do jogo: agora, todos os jogadores estão aptos a correrem, e não apenas o personagem Skate e o que tornou a franquia conhecida até hoje está lá: sair batendo em todos os inimigos em tela. Por mais que este seja o jogo mais polêmico da saga, é um Streets of Rage produzido pela Sega e que aquece o coração dos fãs.
Hoje em dia, os games estão mais focados em história e os realizadores capricharam mais no roteiro do jogo, embora existam as mudanças em relação à versão japonesa, mas aqui, a trama de gângsters foi trocada pela ficção científica e inteligência artificial.
Na história, o vilão Mr. X agora fundou a empresa RoboCy Corporation, para criar um exército de robôs para dominar a cidade. O androide Dr. Zan, até então, aliado ao Mr. X, entra em contato com a Blaze Fielding para contar o plano, que também conta aos parceiros, Axel Stone e Eddie “Skate” Hunter para juntos, salvarem o dia novamente.
Todos os personagens têm as suas peculiaridades: Axel é mais forte e Skate é o mais rápido, mas Blaze é a mais equilibrada e é uma das melhores da franquia. Já o Dr. Zan pode causar estranhamento no começo, mas é bom em quase tudo (sua voadora é bem estranha).
Mas, como já dito, o game é polêmico entre os fãs até hoje e, se ele tem muitas qualidades, o mesmo não se pode dizer de suas maiores controvérsias: a dificuldade e a trilha sonora.
A versão dos EUA (e mais acessível para os brasileiros) é extremamente difícil. Mais ainda do que o nível hard da versão japonesa. E quanto mais o jogo avança, mais difícil fica, o que atrapalha o fator diversão para muitos e não é difícil encontrar quem já desistiu do game.
Outra controvérsia é sua trilha sonora. Um dos fatores que tornaram essa franquia como única foi a excelente seleção de músicas de Yuzo Koshiro. A trilha dos dois primeiros jogos é incontestável, marcante e as batidas eletrônicas são impactantes até hoje – a trilha do segundo jogo está entre as melhores da história, mas, para este terceiro jogo, Koshiro usou um método de composição chamado “Automated Composing System”, que gerou sons experimentais e gerados automaticamente. O resultado foi uma batida eletrônica diferente do que os ouvidos humanos estão acostumados, dando muito certo em alguns casos – as músicas do estágio 2 são muito boas – e dando muito errado (as músicas do estágio 4 são insuportáveis).
Amado por uns e detestado por outros, Streets of Rage 3 é um jogo bom de uma franquia excelente, com problemas evidentes, mas com muitas qualidades.
Só não pode dizer que ninguém tentou nada diferente.
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