Na noite do último dia 27 de janeiro, aconteceu uma coletiva de imprensa virtual com a autora Ray Tavares, muito conhecida pela literatura young adult em livros como Os 12 signos de Valentina, Confidências de uma ex-popular e Heroínas, mas que agora está estreando no gênero suspense/thriller com seu mais novo trabalho: Judas, dividida em 12 episódios e lançado pela Storytel Brasil.
O livro está sendo lançado no formato audiodrama, em e-books e audiobooks. A estrutura do audiodrama permite que a história seja interpretada por atores de teatro, já que a produção envolve uma ambientação sonora característica do formato que mescla tecnologia e processos artesanais de captação de áudio. O resultado final faz com que o ouvinte tenha a sensação de estar dentro de um teatro.
A trama acompanha 8 jovens que moram no mesmo prédio e viram amigos. Ao longo da vida, mudam de escola e de casa, mas continuam muito unidos, encontrando-se com frequência em uma casa abandonada próxima ao antigo endereço, apesar das proibições dos pais. Já adolescentes, rompem o ciclo de amizade motivados por traições, mentiras e segredos.
Anos depois, uma das jovens do grupo, Flávia Ziemann, é encontrada morta dentro dessa mesma casa, vítima de uma aparente overdose de heroína. Seus amigos de longa data enfim se reencontram no velório e conversam pela primeira vez em anos. Quando o atual namorado de Flávia suspeita que, na verdade, ela foi assassinada, o grupo se une novamente para desvendar o caso, mas cada um deles tem um motivo para ter medo de ser acusado, afinal quase todos estão mentindo.
Dividido em 12 episódios não lineares narrados pelos personagens e suspeitos, o audiodrama faz com que o ouvinte seja enganado por mais de um dos narradores, incluindo a vítima. É preciso montar um quebra-cabeças para descobrir quem é o culpado.
Considero ‘Judas’ um novo experimento, já que estou completamente fora da minha zona de conforto. O meu público conhecerá uma Ray diferente de tudo o que viram até então, e espero que os fãs de suspense e thriller que ainda não conhecem o meu trabalho gostem da história e da experiência de ouvir um audiodrama.
Ray Tavares
Além da mudança de gênero e com um formato diferente do que o brasileiro está acostumado, Ray ainda comentou sobre as novas formas de leitura e do acesso à cultura, sobretudo com as novas tecnologias. Segundo ela, o formato em audiobook é pouco divulgado e deveria ser uma nova alternativa para quem não gosta, quem não tem tempo de ler o livro de papel, mas que ainda assim quer consumir uma grande história. “O livro de papel é único e insubstituível, mas é preciso tornar outras formas de consumir a leitura mais populares”.
Ray Tavares ainda comentou que está trabalhando em novos projetos além dos livros. Ela não pôde deixar claro quais eram esses projetos por motivos de contrato, mas podemos esperar que sejam trabalhos no meio audiovisual e realizações de roteiros, caminho praticado por muitos autores de sucesso como Thalita Rebouças e Raphael Draccon.
Se depender da qualidade de suas obras e do histórico dos seus colegas, podemos esperar grandes obras para o futuro.
A cultura brasileira agradece.
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