Pequena Miss Sunshine: 15 anos depois – (2006)

Pequena Miss Sunshine é uma comédia dramática do ano de 2006, tem o roteiro vencedor do Oscar de Michael Arndt (Toy Story 3, Jogos Vorazes – Em Chamas…) tem a direção de Jonathan Dayton e Valerie Faris (Ruby Sparks) e conta a história de uma família completamente desconjuntada: o pai da família (Greg Kinnear) é um professor que ensina a crescer na vida sendo que ele nunca teve sucesso, ou seja, é um legítimo coach; a mãe (Toni Collette) é das mais sensatas que tenta colocar tudo em ordem; seu irmão (Steve Carell) tentou o suicídio porque havia sido rejeitado no passado; o avô (Alan Arkin, vencedor do Oscar pelo papel) é todo largado, fanfarrão e não quer nada com nada e o filho mais velho (Paul Dano, o Charada de The Batman) fez um voto de silêncio até realizar o seu sonho de entrar na aeronáutica.

Já a filha mais nova, a doce Olive (Abigail Breslin, indicada ao Oscar pelo papel) é o coração da família e o elo que une a todos: tem o sonho de ser modelo e quer ir ao prestigiado concurso Pequena Miss Sunshine, no estado da Califórnia. O Estado fica do outro lado do país e todos resolvem ir ao concurso e dar uma força à menina.

Mas eles vão com uma Kombi velha, sem dinheiro e diversos imprevistos acontecem, como uma buzina que não para de tocar, uma parada policial hilária e quase chegam atrasados para o tal concurso. E quem disse que lá dentro as coisas vão se resolver?

E justamente sobre isso que fala o jovem clássico Pequena Miss Sunshine, que foi um enorme sucesso de crítica, público (custou 8 milhões de dólares e faturou 101 nas bilheterias mundiais) e querido até hoje. É o filme da vida de muitos e justamente por ter essa mensagem otimista, pura e ainda uma crítica aos concursos de beleza.

O roteiro usa a família desconjuntada como pano de fundo para criticar a pressão que todos nós sofremos por resultados e para sermos os melhores. E por ser uma comédia estadunidense, a cultura dos “losers” também é debatida com o preconceito contra quem “não chega lá”.

Sem contar a metáfora sobre não desistir. Não importa a sua limitação e quão bizarro você seja, pois o sonho pode ser possível. Mas e se não conseguir tudo bem, a vida continua e o show tem que continuar.

É quase impossível não se identificar com pelo menos um dos personagens e escolher o favorito é uma escolha mais emocional do que racional. Todos os atores estão maravilhosos, mas os destaques são o vovô, sem nome mesmo e vivido por Alan Arkin, que venceu o seu merecido Oscar e está hilário, além da irresistível Olive e seu entusiasmo perante as dificuldades é motivacional.

O filme tem cenas que entraram no imaginário popular. Qualquer cena da Kombi buzinando sem parar e a família tendo que correr para alcançar o veículo é simplesmente clássico, além de outras trapalhadas como tirar um corpo do hospital pela janela, uma parada policial que termina com o agente de polícia lendo uma revista adulta, a apresentação fora da caixa da Olive ao som de Super Freak e o desfecho que faz chorar até o coração mais insensível.

Pequena Miss Sunshine é das melhores comédias dos últimos anos, um retrato sensível sobre a vida, sonho, família e dos filmes mais otimistas que Hollywood já produziu. Não à toa, é o filme da vida de muitos, a obra tem o poder de mudar o dia e o coração de cada um com uma simples cena ou momento.

Não seria nenhum exagero chamá-lo de obra prima.

Leia “O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final: 30 anos depois (1991)

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Nerd: Raphael Brito

Não importa se o filme, série, game, livro e hq são clássicos ou lançamentos, o que importa é apreciá-los. Todas as formas de cultura são válidas e um eterno apaixonado pela cultura pop.

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