Pânico: 25 anos depois – (1996)

Pânico é um filme de terror do ano de 1996, com uma história aparentemente simples sobre um assassino que aterroriza os habitantes da pequena cidade de Woodsboro. Portando uma máscara que já se tornou clássica, os habitantes (sobretudo os jovens), vão morrendo um a um. O principal alvo, é Sidney Prescott (Neve Campbell) e as pessoas mais próximas a ela são as mais atingidas.

Pânico foi dirigido pelo mestre Wes Craven (de A Hora do Pesadelo), escrito por Kevin Williamson e lançou num momento em que parecia que mais nada salvava o terror do buraco, pois no início dos anos 90, o gênero terror parecia que estava morto, enterrado e sendo sustentado, basicamente, pela nostalgia.

Após o auge do subgênero slasher nos anos 80, vimos um festival de continuações de péssimo gosto e o desgaste era evidente. Os filmes que deram certo, O Silêncio dos Inocentes em 1991 e Drácula de Bram Stocker, em 1992, tiveram que mudar o aspecto do vilão mascarado para o reconhecimento de público e crítica.

Mas, a boa notícia era que, com uma boa direção e boa ideia, tudo pode ser possível. Em 1994, o mestre Wes Craven nos agraciou com O Novo Pesadelo – O Retorno de Freddy Krueger, que não foi bem de bilheteria, mas que foi o embrião do que viria a ser Pânico: terror com humor, metalinguagem, referências, cenas marcantes e a estranha sensação do real.

E com uma boa campanha de marketing, o boca a boca positivo e grandes nomes, Pânico foi um sucesso de público e crítica. O reconhecimento na época foi inevitável, quase todos elogiaram a novidade e a opinião pública também participou deste fenômeno: custou 14 milhões e faturou 173 nas bilheterias mundiais.

O sucesso de Scream é a mostra de que, no mundo do cinema, tudo se transforma: se por um lado foi o filme que revitalizou o gênero, por outro, esse mesmo subgênero se tornou desgastado com vários filmes de péssimo gosto no final dos anos 90 e início de 2000. E mesmo os bons filmes, como Premonição e Prova Final, foram vítimas desse desgaste.

Mas um filme importante como Pânico não se limita apenas nas referências, mas de grandes cenas. Logo na abertura, somos agraciados uma cena mais que perfeita e provavelmente é uma das melhores aberturas para um filme de terror: a morte da personagem da Drew Barrymore é tensa, ultraviolenta, claustrofóbica e ainda o público aprende sobre o primeiro filme de Sexta-Feira 13.

Aliás, o marketing do filme, antes da estreia, dava a entender que Drew seria a protagonista, mas vê-la morrendo com apenas 10 minutos de projeção foi um choque. Depois somos transportados para a história central, para a cidade de Woodsboro, com o assassino mascarado, a perseguição à Sidney Prescott e ao dilema: quem está por trás da máscara?

E mesmo para quem já viu o filme, o choque da identidade de quem matou permanece como inédito.

Ou até as referências para as regras do terror, como não ter relações sexuais ou não dizer a frase “volto logo”, que podem parecer clichês do gênero, mas que acontece muito em algumas mortes deste filme, só engrandecem esse roteiro bem amarrado.

Nada como ter um grande diretor no comando de tudo isso: Wes Craven, que havia revolucionado o terror em 1994 com A Hora do Pesadelo, mudou o gênero novamente com este longa que, goste ou não, foi dos mais importantes e ainda levou os jovens aos cinemas e a descobrirem outros clássicos deste que é o gênero mais rentável do cinema.

Sem contar que Wes Craven, que infelizmente morreu em 2015, faz falta até hoje nas telonas e na vida real.

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Nerd: Raphael Brito

Não importa se o filme, série, game, livro e hq são clássicos ou lançamentos, o que importa é apreciá-los. Todas as formas de cultura são válidas e um eterno apaixonado pela cultura pop.

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