Brinquedo Assassino 3 é um filme lançado em 1991 e os eventos do filme se passam 8 anos após o 2º, onde Andy Barclay (Justin Whalin) não é mais uma criança, mas passou a vida com o trauma do boneco Chucky e dos lares adotivos, já que ele foi separado da sua mãe no final do primeiro filme. Aqui ele é um jovem de 16 anos, que acabou de ingressar da escola militar e quer esquecer os seus traumas.
Paralelamente a isso, a empresa que produzia os Bonecos Bonzinhos perdeu força e credibilidade após as denúncias de que um dos bonecos fossem possuídos pela alma de Charles Lee Ray, mas, após anos, querem voltar ao mercado. Revitalizam a fábrica, colocam produtos à venda e Chucky renasce, desta vez, com um corpo novo.
O boneco dá um jeito de chegar na escola militar onde Andy está, mas é encontrado, primeiramente, pelo garoto Tyler, que é a pessoa pelo qual Chucky contou seu segredo após este novo corpo e vai aterrorizar este local.
Com o sucesso dos dois primeiros filmes, a Universal correu para lançar este filme o quanto antes e o lançamento de Brinquedo Assassino 3 foi 9 meses após o 2º nos cinemas americanos. O resultado de tudo isso? Fracasso de público (custou 13 milhões e faturou 20), de crítica e o desgaste do gênero terror até o final dos anos 90 com o sucesso de Pânico e outros filmes de terror adolescente.
A culpa foi menos do roteirista Don Mancini, do diretor Jack Bender e mais do estúdio, que praticamente forçou a produção a acelerar tudo e lançar o filme o mais rápido possível.
Muitos têm um carinho grande pela franquia e não é difícil encontrar quem seja fã da trilogia, tão reprisada nos anos 90 pelo SBT e muitos até decoraram as falas.
Este terceiro filme é um paradoxo: é o mais infantil e o mais violento: ao passo que a condução da trama seja ingênua e até brega em muitos momentos, este é o filme que tem as mortes mais violentas, como o início na morte do CEO da empresa dos bonzinhos, o motorista do caminhão de lixo e a boa cena da morte do cabeleireiro da escola militar.
O principal problema de Brinquedo Assassino 3 é a ambientação. A escolha de uma escola militar para compor um filme de terror não combina e pode provocar risos em muitos momentos. Se o filme se passasse mais para o futuro, com o Andy Barclay já crescido tendo o exército mais como flashbacks, resolveria tudo.
Mas isso não significa que este seja um filme ruim, muito pelo contrário, é feito com muito carinho, é o filme da franquia com a melhor trilha sonora, com muito rock pesado, alternativo e também é o filme que tem a melhor cena de abertura, com a nova construção do Chucky e a morte do dono da empresa. O 3º ato também é muito interessante, com o desfecho em um parque de diversões e a construção da química entre Andy e Kristin De Silva (Perrey Reeves, sem parentesco com Keanu).
Aliás, De Silva é a melhor personagem do filme e cada longa da franquia tem, ao menos, uma personagem feminina interessante, seja a mãe do Andy no primeiro filme, Kyle, irmã adotiva dele no segundo e, neste aqui, o interesse amoroso do nosso protagonista.
Ela é inteligente, não leva desaforo para casa e a química entre ela e Andy é bem construída, embora os filmes seguintes não tenham levado essa relação para frente.
Brinquedo Assassino 3 pode não ser o melhor da franquia e muitos menos é brilhante, mas fez parte da vida de muitos, milhões têm muito carinho e não é difícil encontrar fãs em eventos. Vários consideram essa trilogia como eterna e não tem valor que pague isso.
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