“Sing: Quem Canta Seus Males Espanta”, lançado no final de 2016, foi uma animação que surpreendeu de forma positiva. A idealização da primeira animação a ultrapassar o mundo das animações em um formato de reality shows musicais, no aspecto de animais falantes que se assemelham a seres humanos, pode parecer inesperado. Principalmente quando o significado que a palavra “reality” causa na população. Transpor isso ao formato criativo dos animais falantes, adequando-se a época por suas combinações de conceitos que não foram misturados antes permitindo uma inovação no cinema. A sequência, “Sing 2”, realizada pelo escritor e diretor Garth Jennings, não é diferente, podendo até ser considerada um sonho aos apaixonados por música de plantão.
A produção contêm ao todo 17 músicas perfeitamente incorporadas e pensadas ao longo da história, tendo como destaque as músicas “A Sky Full of Stars” do Coldplay e “Your Song Saved My Life” do U2, tornando essa animação incomum e deslumbrante para os espectadores.
Tudo começa com uma variação de um musical muito conhecido com a interpretação de um elenco de peso com Meena (a elefante – na voz de Sandy), Johnny (o gorila – na voz do Fiuk), Rosita (a porquinha) e Gunter (o porquinho), sob a supervisão de Buster Moon (Marcelo Garcia), o coala.
Este espetáculo é a porta para os eventos futuros e onde vemos a evolução do elenco e de todo o seu trabalho no Teatro Moon. Quando uma crítica de teatro sai na metade da apresentação de Moon, ele inicia uma perseguição para tentar obter a aprovação dela para seu novo show e se apresentar na cidade de Redshore (algo como Nova York. No entanto tudo parece uma causa perdida.
Moon convence Jimmy Crystal, um influente produtor e dono do Hotel Crystal (mundialmente famoso pelos espetáculos), a dar uma oportunidade e realizar seu musical nesse luxuoso espaço. Contudo, Moon e seus amigos terão que dar muito duro para estarem prontos em 3 semanas e cumprirem tudo, inclusive a principal situação que Moon se meteu, ao promete a Jimmy que um grande astro do rock chamado Clay Calloway (na versão brasileira Paulo Ricardo) estará na produção. Para isso eles precisam encontrar e convencer Clay Calloway, que se tornou recluso após a morte de sua esposa, a se juntar nessa aventura.
E com o mesmo comportamento Moon, causará diversos problemas para ele e seus amigos, que já estão vivendo uma divergência interna e terão que superar de alguma forma para o show continuar.
Temos como destaque também a experiência que esse tipo de animação causa ao relembrar hits musicais que marcaram diversas épocas e idades. Isso faz com que você se emocione ainda mais. A equipe de animação conseguiu criar e produzir um show de cores, ideias e pensamentos que seduzem a todos, visto que o segredo de um musical de sucesso é a sua capacidade de prender a atenção e emocionar quem assiste.
Desta forma, temos também o ardil trabalho com as vozes, as quais dão vida a cada personagem e todo o processo minucioso por de trás que escalou o que há de melhor para dublar a versão brasileira de “Sing 2”. Nomes como Any Gabrielly, Fábio Júnior, Fiuk, Lexa, Paulo Ricardo, Sandy e Wanessa e mais um grupo de majestosos dubladores profissionais brasileiros que deram vida aos personagens.
Provavelmente a maior ousadia na estrutura da animação, seja não ter um protagonista definido. Isso permite que o público, em geral, decida para quem vai torcer, vibrar, adorar e até odiar em alguns momentos.
É possível sair da sala de cinema já querendo mais e também acreditar de que com a música conseguimos tudo: nos permite alcançar e enfrentar todas as barreiras para os nossos sonhos, a superarmos medos, a criarmos, imaginarmos, permitimos, libertarmos e também saímos de nossas bolhas.
Sing 2 nos proporciona um colossal espetáculo musical, acentuando o volume das canções e de suas cargas emocionais num clímax libertador e estimulante que é difícil se conter.
Então não perca tempo e corra para ter essa incrível experiência com estreia todos os cinemas do Brasil, em 06 de janeiro de 2022.
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