Quando pensamos em Warcraft, para os mais velhos, esse nome sempre vem acompanhado de muita nostalgia. A franquia teve seu primeiro jogo em 1994, com o título Warcraft: Orcs & Humans, com vários elementos inspirados no D&D (Dungeos e Dragons).
O jogo não foi apenas um sucesso mas teve uma evolução ao longo do tempo, passando pelo o conceito de um jogo de estratégia em tempo real para um mundo virtual e, finalmente, chegando ao cinema como uma grande produção, muito aguardada pelos fãs.
Pensando em um título que passou por tantas mudanças e transformações ao longo de 21 anos, é normal uma legião de fãs ter grandes expectativas com o filme, já que o mundo de Warcraft contêm uma mitologia bem vasta com muitos mundos, raças e habilidades. É praticamente impossível passar toda essa história e sentimento que o jogo deixa para um fã, em apenas 2 horas de filme.
Infelizmente percebe-se que a Blizzard não se preocupou muito em conquistar “não-jogadores” e pessoas que não estão familiarizadas com um mundo de tanta magia e uma trama onde bem e mal não estão definidos. Você tem simpatia por Orcs e Humanos, ambas raças com propósitos e problemas. Do lado dos Orcs temos uma busca por sobrevivência a todo custo, junto com um mago manipulador em busca de poder, enquanto do lado dos humanos temos a busca de pessoas que apenas querem defender o seu lar e um conflito de sentimentos.
Para quem não está acostumado com esse tipo de narrativa, não ter um lado claro para quem torcer em vários momentos do filme pode deixar as coisas um pouco confusas ou até mesmo frustrante.
O primeiro filme de Warcraft mostra que a Blizzard entende seu público (gamer), sabe que ele cresceu / envelheceu e precisa de certa forma reconquistá-lo de maneiras diferentes. Para os nostálgicos será um ótimo filme, para os fãs que viveram World of Warcraft deixa a desejar e infelizmente para quem nunca viu nada a respeito e apenas procura um bom filme, esse tipo de narrativa pode não atender.