Toc Toc Toc – Ecos do Além é ruim até para os fãs de terror

Toc Toc Toc – Ecos do Além é um filme de terror, vagamente inspirado no conto The Tell-Tale Heart, de Edgar Allan Poe, publicado em 1843, é dirigido por Samuel Bodin, escrito por Chris Thomas Devlin (do péssimo O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno de Leatherface, da Netflix) e é o primeiro filme de terror produzido por Seth Rogen.

A história se passa uma semana antes do feriado de Halloween, onde uma família aparentemente comum, composta pelo filho Peter (Woody Norman), a mãe Carol (Lizzy Caplan, da série Masters of Sex) e o pai Marca (Anthony Starr, da série The Boys), vive em uma suposta harmonia.

Mas não demora muito para que o público conheça os problemas: a rua onde vivem é assombrada por uma lenda de uma criança morta no Halloween, o garoto Peter sofre bullying na escola e, para piorar, todas as noites ele escuta uma voz feminina chamando por ele na parede do quarto.

Após uma série de problemas, com Peter revidando o bullying, ocasionando uma expulsão e seus pais apresentando um comportamento mais autoritário, essa voz começa a alertar o garoto sobre o caráter de seus pais, tanto ele quanto o público começam a suspeitar que algo esteja errado e coisas estranhas acontecem na casa, envolvendo até mesmo a antiga professora, sra. Devine (Cleópatra Coleman), que se torna uma figura materna ao garoto.

Toc Toc Toc – Ecos do Além apresenta uma premissa interessante e como estamos falando de uma trama que se passa próxima do Halloween, com temas como educação (boa parte da ação se passa na escola), bullying, solidão infantil, desentendimento com os pais e até mesmo a dúvida sobre um passado sombrio, sem contar atores tão qualificados como Lizzy Caplan e Anthony Starr, nas mãos de um bom diretor e roteirista, poderiam entregar um grande filme para seu público e, quem sabe, se tornar um jovem clássico do gênero, mas, infelizmente, não é o que ocorre aqui.

O roteiro opta pelos sustos óbvios, excesso de jumpscares e em uma história que vai se definhando confirma o tempo passa. O mistério com os pais, os problemas na escola e as respostas que o espectador merecia saber, são deixados de lado e até mesmo os então interessantes personagens Carol e Marca se tornam pastiche de si mesmos.

Já a voz que o garoto e o público ouvem o filme inteiro se torna um recurso preguiçoso dos idealizadores, que aparece quando convém ao roteiro, se torna repetitiva e se torna uma vilã unidimensional, sem o mistério e a dúvida sobre quem está certo.

Até mesmo uma personagem com potencial, como a professora Devine, se torna um peso enfadonho para a trama.

E quando o público já não aguentava mais tanto susto desnecessário e uma trama genérica, o filme apresenta um desfecho vergonhoso, digno dos piores finais do cinema recente.

Toc Toc Toc – Ecos do Além tem boas ideias, grande elenco e com bons temas, mas com um péssimo roteiro e direção sem rumo, o filme desaba conforme ele passa, liga o nada a lugar nenhum e que deve desagradar até mesmo os fãs do gênero.

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Nerd: Raphael Brito

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