Titanic é um dos filmes mais importantes da história, foi lançado em dezembro de 1997 e falar em números deste filme é falar em superlativos: é a maior bilheteria dos anos 1990, foi a maior bilheteria da história do cinema entre 1997 e 2009, até a estreia de Avatar, do próprio James Cameron, diretor, produtor e roteirista deste filme. Foi o primeiro filme da história a bater a marca de 1 bilhão nas bilheterias, custou 200 milhões – um valor alto hoje, imagine nos anos 90 – mas faturou mais de 2 bilhões de dólares.
Até o momento, só 5 filmes entraram no seleto grupo de filmes que bateram 2 bilhões nas bilheterias. Além de Titanic e Avatar, Vingadores Ultimato, Guerra Infinita e Star Wars – O Despertar da Força, chegaram a essa marca, mas se considerar que Titanic estreou em uma outra época, com os ingressos com outro valor, sem 3D e ainda no século 20, não é exagero chamar este filme de fenômeno.
No final de 1997 e boa parte do ano de 1998, o assunto na mídia era um só. Todos queriam um pedaço do novo filme de James Cameron sobre a tragédia do navio mais famoso do mundo, ocorrida em 1912.
Em tempos em que a internet ainda não era uma realidade para muitos, a TV brasileira era inundada com making of, entrevistas e até documentários sobre a tragédia do Titanic, que obviamente voltou a ser interesse popular após o sucesso do filme.
E os superlativos não são apenas nos números de bilheteria, mas também é um sucesso de crítica e um dos maiores vencedores da história do Oscar, ganhando 11 prêmios, marca que os filmes Ben-Hur e O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei também conseguiram.
Ele foi indicado a Atriz para Kate Winslet, Atriz Coadjuvante para Gloria Stuart e Maquiagem. Venceu nas categorias de Melhor Filme, Direção para James Cameron, Canção Original para My Heart Will go On, da Celine Dion (outro fenômeno na época), Trilha Sonora para o saudoso James Horner, Edição de Som, Mixagem de Som, Fotografia, Montagem, Direção de Arte (atual design de produção), Efeitos Especiais e Figurino. Inexplicavelmente, o grande astro deste filme, Leonardo DiCaprio, foi ignorado na premiação.
E é interessante olharmos como o filme foi concebido: James Cameron já era um diretor de sucesso, com dois filmes de O Exterminador do Futuro, Aliens – O Resgate, O Segredo do Abismo e True Lies. Cameron possui duas características, que podem ser considerados defeitos, mas que para o cinema acabam sendo qualidades necessárias: ambição e megalomania.
Ele já estava desenvolvendo o roteiro sobre o amor impossível da luta de classes entre o artista pobre Jack Dawson (DiCaprio) e a moça rica Rose DeWitt (Kate Winslet), que está de casamento marcado com um homem milionário, mas tudo isso com o pano de fundo da tragédia do Titanic, que é uma história que sempre fascinou Cameron, pois era apresentado como um navio imponente e poderoso, mas que afundou quando bateu em um iceberg.
Qualquer cineasta faria um navio em CGI e feito em estúdio, mas James Cameron é perfeccionista, mandou construir um navio com todos os detalhes onde nada passou despercebido. Sem contar que o filme abusa de efeitos práticos e feitos na raça, onde o computador só corrigiu alguns detalhes. O resultado? Um filme que ainda está atual, pode ser visto sem medo hoje e coloca no chinelo qualquer efeito computadorizado feito atualmente.
E o que dizer de Titanic sem falar sobre as suas cenas clássicas, como Jack dizendo “eu sou o rei do mundo”, ou o próprio salvando sua amada Rose da morte, sem contar a cena clássica em que o casal está de braços abertos na ponta do navio. E por falar no casal, como não lembrar de quando ele a desenha nua sem interesses sexuais. Sem contar toda a metade final, com a tragédia em si, com o show da produção arquitetada pelo James Cameron e todos os envolvidos. Por se tratar de uma tragédia, são momentos angustiantes, mas de encher os olhos e mostram que toda a megalomania e teimosia valeram a pena.
Titanic é um acontecimento do cinema. É um épico de mais de 3 horas que jamais cansa, é um filme para todos os públicos, funcionando como um drama, um romance, ação ou filme catástrofe. Permanece atual em todos os sentidos após 25 anos de lançamento, não deve envelhecer tão cedo e sempre será reverenciado.
De quantos filmes atuais podemos dizer o mesmo?
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