E aí, cambada! Guilherme aqui.
Este é o meu artigo inaugural aqui na toca do Novo Nerd e começo falando sobre uma das minhas paixões: jogos de tabuleiro. Esta seção de Games do NN trará também artigos sobre jogos de videogame, RPG e card games – coisas que gostamos só um pouquinho. Como vocês vão perceber, não irei focar nas explicações de regras ou mecânicas porque isso é chato e você não quer ler isso aqui. Ao invés disso, irei falar sobre a experiência do jogo em si e quais são os pontos altos e baixos. Haverá um resumo de como o jogo flui, é claro, mas será apenas o suficiente. Para você que não conhece jogos de tabuleiro modernos, saiba que o seu War e o Banco Imobiliário deveriam estar juntando pó no armário. Se não acredita, fica de olho por aqui porque eu posso provar. Os jogos de tabuleiros modernos são fantásticos e existe um mundo inteiro de jogos te esperando (e esperando a sua carteira também). Escolhi começar com um jogo que tenho jogado bastante porque é rápido, caótico e porque abraça uma grande quantidade de jogadores (5 a 10). Let the games begin!
The Resistance: Avalon é a segunda versão do jogo The Resistance. A primeira versão era uma ficção científica genérica, mas esta nova versão traz como novidade o tema do rei Artur/Cavaleiros da Távola e um novo papel: Merlin.
Se você gosta de jogos altamente interativos e que divirtam um grande número de pessoas siga adiante porque este é um dos melhores do gênero.
Avalon é um party game que coloca os jogadores na corte do rei Artur (He’s the King? Well, I didn’t vote for him) divididos em dois times: os cavaleiros leais a Artur e os traidores de Mordred. O jogo dura em média 15-20 minutos e no começo, os jogadores fecham os olhos e colocam as mãos sobre a mesa.
Através de algumas instruções, os traidores ficam sabendo quem são seus comparsas e o jogador que for o Merlin (que é um personagem leal) saberá quem são os traidores – mas os traidores não sabem quem é o Merlin. Ainda está aí comigo? Ótimo!
O jogo se passa em 5 missões e funciona como um ‘melhor de 5’: o time que vencer 3 missões ganha o jogo. Em cada missão, o grupo vota nas pessoas que quer enviar. O grupo proposto pode ser aprovado ou rejeitado pelos jogadores. Se for rejeitado, os jogadores tentam eleger um novo grupo. Quando o grupo de jogadores que vai para a missão for definido, eles recebem uma carta para que a missão seja bem-sucedida e uma carta para que a missão falhe. Cada participante da missão escolhe uma e secretamente adiciona às cartas dos demais participantes. Se houver pelo menos uma carta de falha na missão, ela irá fracassar e o time dos traidores vencerá aquela missão. Somente se todas as cartas forem de sucesso é que a missão será bem-sucedida.
Sim, é isso mesmo. Basta apenas um traidor no meio da missão para que ela possa falhar. Porém, um traidor sagaz pode deixar a missão ser bem-sucedida, comprando sua inocência ao custo de uma missão que será pontuada para os cavaleiros leais. Mais cedo ou mais tarde, um traidor irá colocar uma carta de falha e é neste ponto que as acusações começam a voar. Todos os jogadores ficam tentando convencer o grupo de que são leais e ficam tentando achar desculpas para incriminar os outros. É o caos total. É neste momento que as experiências mais memoráveis acontecem – quando seus amigos ficarem tentando, aos berros, provar sua inocência e culpar os outros.
Eu garanto: seu grupo não conseguirá jogar uma partida só e parar.
E e se você achava que o Merlin era um personagem exclusivo da versão Arturiana, toma essa:
Como o papel do Merlin é bastante diferente e introduz um elemento novo no jogo, a Indie Cards and Boards lançou esta versão do Merlin para quem tem apenas a primeira versão do jogo e quer jogar com este papel. Não entendi porque fizeram Merlin como uma mulher, mas orgulhosamente apresento: Travecomerlin.
Por fim, deixo abaixo o vídeo da excelente série Tabletop do Wil Wheaton. Nota: no vídeo, eles abordam a primeira versão do jogo.