Olá my fellow nerds! Hoje é dia daquele texto super extenso, explicativo e educativo (ou não) sobre quadrinhos e um pouquinho da minha vida como leitor dessa arte.
Minha vidinha adorável de colecionador e leitor de quadrinhos começa em 2004/2005, com meus seis anos, apreendi finalmente a ler, então, poderia entender o que caramba aqueles balõezinhos diziam! Antes disso, já tinha visto o filme do Homem-Aranha (saudades define…) mais de mil vezes, era praticamente uma seita ao “teioso” e por um acaso, num sebinho daqui da minha cidade, vi o que seria a melhor coisa do mundo pra mim (depois da Sasha Grey, vamos combinar): A Saga dos Clones, a melhor/pior saga do Aranha. E ‘’acompanhei’’ religiosamente o drama dos Aranhas e sua novela mexicana de querer saber quem era o original, ora Ben Reilly, ora Peter Parker e de vez em quando, era alguém totalmente randômico.
Clones, Clones Everywhere!
Enfim, o tempo passa, eu já tinha lido o desfecho da série, e não achava graça nos quadrinhos atuais e assim, abandonei essa vida que um dia, voltaria a me falir.
Após uma fase otaku (sim, todos tivemos uma fase de se envergonhar), em 2012, era lançado The Darkness 2. Nessa época, estava (e continuo) vidrado no YouTube e seus vídeos de games (que hoje se resume a Minecraft), e lá estava gente jogando Darkness, enquanto este pobre ser que vós fala, chorava (e ainda chora todos os dias) por não ter um console ou um PC suficientemente bom pra rodar qualquer jogo!
Depois de algumas pesquisas, descobri que era baseado em uma história em quadrinhos. Desesperado, corri até o mesmo sebinho que me introduzira nessa vida bandida e comprei de cara, umas 10 edições de Darkness + Witchblade (Esse último é um saco e nem vontade de ver o filme, eu tenho).
Antes de falarmos sobre Jackie Estacado e afins, falaremos do cara que deu toda a base dos personagens, e esse é o mítico Garth Ennis.
All hail to the king, Ennis!
Irlandês (cumprindo o contrato que, todo escritor foda de quadrinhos, tem que ter seu pézinho colado na Grã-Brethania), Ennis começou sua carreira com a série Troubled Souls, na editora Crisis (Irmã da 2000AD), apesar do curto período, foi aclamada pela crítica, se tratando de um jovem irlandês protestante que, apesar de apolítico, acaba sendo puxado pelos conflitos do seu país (Não li Troubled Souls, desculpa.)
Com a publicação da Crisis interrompida, Garth foi para 2000AD e acabou escrevendo o carro-chefe da empresa, Juiz Dredd, entretanto, o que definiria tudo, seria seu acordo com a DC Comics, mais especificamente, a Vertigo, com sua criação, Preacher e Hellblazer.
(Preacher não será descrito aqui, vou fazer uma analíse separada)
Hábitos Perigosos é considerado por muitos, o melhor arco de Hellblazer. John, após enfrentar vários inimigos e quase morrido em várias dessas, agora é ameaçado pelo seu leal companheiro, seu maço de Silk Cut. Não é nem um tipo de possessão, é um câncer de pulmão. Logo que Constantine descobre seu estado, é uma cena grotescamente foda! Se trata sobre a consciência dos perigos do excesso e dos seus sacrifícios. (Isso foi o que me disseram. Não joguem ovos em mim! Não tive oportunidade de ler, mas vou. Se quiserem, faço até análise se a ideia vingar.)
Passado a sua brilhante fase DC, veio a Marvel Comics e sua oportunidade de escrever Justiceiro, o –melhor- anti-herói assassino de criminosos, e descobrimos o quanto Ennis adora esculachar super-heróis…
Junto com Steve Dillon a revista alcançou vendas muito altas mas as participações especiais… bom, foi só pra humilhar caras como Wolverine, que foi atropelado por um – fucking – rolo compressor! Ou o Spidey usado como escudo humano. Foi tão elogiado que Garth acabou escrevendo também na linha MAX, aonde tudo era liberado e não feliz de escrever Punisher: Born, deu conta de fazer a cena mais sangrenta já visto nos quadrinhos! O humor negro, palavrões e violência gratuita é o que há nessa maravilhosa fase.
Suck It, Woverine!
Saindo da Marvel, Ennis acabou na sub-divisão da Image Comics, Top Cow, aonde ajudou Silvestri e Wolh a criar The Darkness.
Recentemente, Ennis criou os The Boys, abortando uma divisão da CIA que cuida que super humanos não façam nenhum tipo de ato castrastrofico.
Agora sim, podemos falar de The Darkness!
Criado por Garth Ennis, Marc Silvestri e David Wohl, The Darkness fala sobre o assassino Jackie Estacado e seus recém poderes descobertos.
Estacado em seu 21º aniversário, torna-se hospedeiro da entidade conhecida como Escuridão, um poder que lhe permite acessar uma dimensão parecida com o inferno e comandar os demônios que lá vivem. E dentro desse universo, conhecemos Lorde Sonantine, mestre da seita que cultua e tenta manipular os hospedeiros da Escuridão, Ângelus, sua arqui-rival (que por sinal, é muito da gostosa) e Witchblade Sara Pezzini, detetive de polícia.
The Darkness, Witchblade e Ângelus, respectivamente.
Há séculos a tríade arcana Ângelus, Escuridão e Witchblade tentam se matar por questões de poderes.
Porém a melhor coisa da série são sem dúvida, os sanguinários e irreverentes Darklings, uma espécie de Gremlins vindo do inferno.
Adoráveis, não?
Garth ficou pouco tempo no comando da revista, passando pelas mãos de Paul Jenkins e Phil Hester (mas quem liga pra esses caras?).
The Darkness não é algo que vá explodir sua mente, mas vale sim seu tempo investido pelo tipo de narrativa sangrenta (estamos falando de Ennis, cara! É cláusura de contrato ter sangue pra cacete!) e criativa que há muito não se tem visto.
