Feliz Halloween Nerds!
Hoje venho aqui, como um bom adorador das irmãs Sanderson contar um pouco para vocês alguns fatos importantes sobre duas das maiores superstições ligadas de alguma forma a bruxaria. Antes disso, peguem suas velas de chama negra, já que todos os nerds são virjões (sqn) e leiam com atenção a contextualização.
As irmãs Sanderson foram retratadas no Longa Metragem Abracadabra (Hocus Pocus no Original) pela Disney em 1993 (Quem nunca viu Sarah Jessica Parker cantando “Vem criancinhas, vamos brincar” não sabe o que está perdendo), porém como todo filme da Disney carrega alguma mensagem subliminar, nada do que revelar para vocês que existem algumas lacunas na história de Salém que nos leva a acreditar que as bruxas Sanderson realmente existiram, e igualmente no filme foram enforcadas em 31 de Outubro de 1693. Não consegui encontrar nenhuma imagem referente a isso, devido ao fato da câmera fotográfica ter sido inventada muitos e muitos anos depois. Confira essa incrível versão de I put a spell on you aqui.
Existem boatos de que o Grimório Sanderson (Livro de Bruxaria) das irmãs ainda existe e está em exposição em algum lugar do mundo! O problema é que como nossa Santa Igreja Católica costuma abafar muito a história da inquisição de Salém, não existem registros fáceis de se encontrar.
A morte das bruxas de Salém ficou marcada na história de Massachusetts, ocorrendo em uma noite de outubro de 1692. Não se pode comprovar de fato a existência da magia negra praticada por essas mulheres, o que nos leva a crer que muitas pessoas foram chacinadas cobertas de inocência naquela época. Porém existe um livro denominado de Malleus Maleficarum ou sua tradução no Brasil como O Martelo das Feiticeira, escrito por Heinrich Kraemer e James Sprenger que ensinava passo a passo como reconhecer nossas damas do satã, como interrogar-las e matá-las, inclusive contendo técnicas de tortura onde a mulher que não chorasse era incriminada diretamente por bruxaria e enviada a fogueira. Escreverei sobre em outro post.
Todo esse universo de Bruxaria e mistificação das artes das trevas (Poupe-nos Gilderoy Lockhart) nos leva a duas supertições que até hoje algumas pessoas acreditam piamente e sofrem com isso.
1) O gato preto.
Tendo os gatos sendo considerados sagrados pelos egípcios ancestrais, na idade média principalmente os bichinhos de pelo negro foram considerados e condenados como criaturas malignas por seus hábitos noturnos serem associados diretamente a escuridão, sendo assim acusados levianamente de serem agentes do mal, ou de nosso querido amigo capiroto, sendo caçados pela “Santa Igreja” (de novo eles) e queimados vivos junto de seus donos. Outros acreditam que tais criaturinhas eram as próprias bruxas que se transformavam para fugir e enganar devido a lenda de um gato preto que fugiu durante uma dessas perseguições e ferido, abrigou-se na casa de uma velha senhora.
A história foi difundida como a superstição de quem cruza o caminho de um deles, encontra o azar, afinal ninguém gostaria de se encontrar com uma bruxa maligna.
Uma outra história que explicaria o mito dos dias atuais, é que em o Rei Charles I, da Inglaterra, possuía um gato preto, e acreditava que sua sorte estava ligada ao animal. Sua crença neste sentido era tamanha, que ele mantinha o felino vigiado dia e noite. O que aconteceu é que o gato morreu, e logo após este acontecimento, o rei fora preso e em seguida executado.
2) Quem quebra espelho atrai sete anos de azar.
“A mitologia e o folclore estão repletos de histórias sobre as propriedades sobrenaturais do reflexo, fornecendo algumas pistas para a origem dessa superstição. O exemplo mais famoso é o mito da Grécia antiga sobre Narciso, que se apaixonou pela própria imagem refletida num lago, mas morreu de inanição ao passar o resto da vida tentando acariciá-la. “Essa história mostra que a beleza, assim como o reflexo, é efêmera e transitória. A quebra da imagem representa simbolicamente a própria morte”, diz o helenista Antônio Medina Rodrigues, da USP. Também na Grécia antiga um método de adivinhação chamado catoptromancia deu outro impulso importante à superstição. Provável precursor da bola de cristal, o método consistia em usar um copo raso ou uma tigela de louça com água para refletir a imagem da pessoa que queria saber de sua sorte. Se durante a sessão o recipiente caísse e quebrasse, significava que a pessoa iria morrer ou os dias vindouros seriam catastróficos.
Os romanos adotaram esse costume de adivinhação grega, acrescentando que a má sorte se estenderia por sete anos, tempo que acreditavam levar para se iniciar um novo ciclo de vida do ser humano. O pânico diante da possibilidade de que o reflexo fosse quebrado existia porque a imagem refletida era tida como a própria alma da pessoa. Esse tipo de interpretação explica o aparecimento de outras lendas posteriores, como a de que os vampiros não aparecem no espelho – justamente por não terem alma. Quando surgiram os primeiros espelhos de vidro, no século 16, na cidade de Veneza, na Itália, a superstição passou a ter também uma grande utilidade econômica. Como os espelhos custavam caro, os serviçais que os limpavam eram advertidos de que quebrá-los traria muito azar. Essa superstição se tornou tão popular no mundo inteiro que até um antídoto para ela acabou sendo inventado. Quem der o azar de quebrar um espelho, precisa moer os cacos até eliminar qualquer reflexo, ou então enterrá-los no chão. Simples, não?” [fonte]
O que aprendemos hoje crianças? – Aprendemos que devemos queimar as bruxas tio Casimiro! – NÃO! Gatinhos merecem abrigo e muito carinho, então nada de maltratar animais. E tomem cuidado quando quebrarem um espelho pois o vidro platinado pode cortar e machucar.
Gostosuras ou travessuras?