Olá, cambada! Guilherme aqui com uma novidade empolgante!
A Galápagos Jogos está lançando o RPG Star Wars: Fronteira do Império! Se você ainda não conhece a Galápagos, ela é uma empresa brasileira que está crescendo e chamando a atenção por trazer jogos de tabuleiro europeus e americanos para mercado brasileiro com grande qualidade e estilo. Eles já trouxeram para o Brasil o Zombicide, o Guerra dos Tronos card game e boardgame, Citadels, Dixit, Munchkin, Summoner Wars… a lista é grande. Fronteira do Império foi lançado originalmente nos Estados Unidos pela Fantasy Flight Games, uma gigante do mercado de jogos que é parceira da Galápagos. O lançamento do Kit Introdutório marca a estréia da Galápagos como um selo de RPG no Brasil.
O Kit Introdutório é um excelente produto inicial da linha, pois é completamente autossuficiente e muito bem produzido. Além do livro de regras e livro de aventura, o kit traz ainda os inovadores dados personalizados do sistema, mapas da cantina e da nave dos personagens, fichas prontas e diversos tokens para representar a posição de personagens e elementos de maneira abrangente. Pessoalmente gosto muito dos componentes do kit, pois trata-se de um RPG old school (onde não se utilizam miniaturas, regras táticas e depende mais do roleplay) que tem uma produção primorosa, pois os mapas e tokens fornecidos não distraem do roleplay mas ajudam a dar um senso de posicionamento e escala da cena. Embora eu nunca tenha jogado RPG com um setup similar, esta abordagem parece bastante acertada – eu certamente gostaria de ter esses reforços visuais para os meus familiares GURPS Fantasy e Supers.
A ambientação do jogo também é bastante interessante. Não se trata apenas de jogar na galáxia de Star Wars como quiser, mas sim dentro de um contexto único. Em Fronteira do Império, os jogadores formam um grupo de seres que habitam as margens do Império, uma região áspera, dura e cruel que gera sociedades sobreviventes e resolutas. Nesta ambientação não há sabres de luz ou pilotos (que serão abordados nos próximos suplementos da linha) mas ao invés disso, os personagens são caçadores de recompensas, contrabandistas, mecânicos e soldados duros que ganham a vida como podem. O foco em um aspecto do universo é um outro ponto a favor, pois cria grupos de personagens que pertencem ao mesmo contexto e situação.
O sistema de Fronteira do Império é bastante inovador, principalmente porque faz uso de dados personalizados para determinar a maioria dos acontecimentos. Existem dados ‘positivos’ e ‘negativos’, com diversos símbolos nas faces. Os conjuntos de dados são montados quando testes se fazem necessários e os dados do conjunto variam de acordo com a habilidade do personagem, a dificuldade do teste e outros fatores. O interessante desse sistema é que ele permite diversos graus de sucesso ou falha, pois embora alguns símbolos se cancelem, outros sempre são considerados nos resultados, criando resultados como ‘sucesso com certa dificuldade’ ou uma ‘falha, porém com uma vantagem inesperada’. Os jogadores e o Mestre decidem juntos como esses resultados tem efeitos na cena.
Outro ponto interessante da mecânica (e exclusivo deste primeiro suplemento) é a Obrigação. Este é um valor dividido pelo grupo e que representa o nível de dívidas que os personagens têm para com outros seres poderosos, como Hutts senhores do crime. De tempos em tempos, a Obrigação pode ser ativada durante a aventura e isso introduzirá situações inesperadas conforme os poderosos enviam seus coletores para reaver suas posses.
Estou muito curioso com o sistema, e ansioso para jogar uma partida de Fronteira do Império. E aí, alguém aí curte um RPG, Star Wars, dados, aventura e emoção? Bora jogar?
Você pode comprar o seu kit introdutório na própria loja da Galápagos.