Os cigarros eletrônicos entraram no Mercado em 2004 e desde então vem conquistando a confiança dos amantes do tabaco tradicional.
Em menos de 10 anos as vendas na Europa ultrapassaram 650 milhões de dólares e nos EUA, 1.7 bilhões de dólares, há quem diga que trata-se de uma evolução natural do Mercado, tendo em vista as facilidades eletrônicas que acompanham os avanços da tecnologia das baterias e dos chips de controle de voltagem.
Até o momento a comunidade científica não tem uma posição clara sobre as questões de saúde envolvidas no consumo das substâncias do cigarro eletrônico.
Por um lado, sendo substituto do tabaco ou cigarro tradicional, já transparecem indícios que sugerem que o cigarro eletrônico seria uma alternativa mais saudável ao tabagismo tradicional.
O que seria uma grande revolução do consumo, dos hábitos e da saúde pública envolvendo o tabagismo.
A quase um século o cigarro entrou no Mercado, favorecido pela publicidade amplamente difundida e ganhou espaço nos hábitos de consumo da sociedade. Existe uma espécie de proteção de mercado envolvendo as grandes marcas de tabaco e elas estariam enfrentando uma revolução dos hábitos de consumo e novos concorrentes num mercado já tão consolidado.
Cigarro-eletrônico, o que é afinal?
O cigarro eletrônico, também conhecido como e-Cig ou Vape, é um objeto tubular, acionado por baterias especiais que através de uma resistência elétrica gera calor em altas temperaturas, essa resistência é envolvida num algodão que é abastecido de líquidos para vaporizar(e-juices). Conforme essa resistência aquece, ela faz com que o líquido em contato com o algodão, passe do estado líquido para gasoso, sem combustão envolvida no processo, por isso vaporização.
Os e-juices são substância com base em glicerina vegeral e propileno-glicol, que são misturados com essências próprias para inalação, com o acréscimo opcional da nicotina.
Qual a diferença dos malefícios do cigarro-eletrónico pro cigarro convencional?
O cigarro comum, é como todos sabemos, um bastão de combustão que contém aproximadamente 5.315 subtâncias, sendo aproximadamente 4.700 delas tóxicas.
A vaporização não tem combustão envolvida, não há formação de carbonos, as subtâncias que são geradas a partir do uso variam de acordo com o líquido que é colocado para uso e dos metais utilizados no aquecimento. Substâncias que não ultrapassam 10, a maioria delas não tóxicas. O que NÃO significa que o cigarro eletrônico não faz mal.
O hábito de inalar substâncias, sejam elas quais forem, não é benéfico para a saúde e sobre isso, devemos aqui ponderar.
Não estou aqui para defender ou estimular o consumo dos cigarros eletrônicos.
No entanto, é um pouco óbvio que com a evolução da consciência social sobre os malefícios do tabaco e a mudança nos hábitos de consumo que em algum momento alternativas menos prejudiciais a saúde surgiriam para concorrer com a indústria de tabaco atual.
Variações e modelos do cigarro eletrônico
As variações, modelos e marcas, tanto de cigarros-eletrônicos, quanto de líquidos variam quase infinitamente. Todos os dias, novas marcas, novos líquidos e novas formas de fazer uso dos cigarros eletrônicos são desenvolvidos, sobretudo existe uma base para essas variações.
As variações, são basicamente uma evolução do entendimento dos interessados pelo hobbie.
Sendo os cigarros-eletrônicos os mais simples, os e-Cigs intermediários e os Vapes são os mais complexos e completos.
Os mais simples são inevitavelmente menos eficientes e os mais completos (Vapes) tem vantagens como a quantidade de vapor gerado, a eficiência nos sabores gerados pelo vapor e a duração das baterias.
Sobre os e-juices há também aqueles de pior e melhor qualidade. Os de pior qualidade são literalmente perigosos, tendo substâncias tóxicas não próprias para inalação, como corantes entre outros piores. Os de melhor qualidade contém essencialmente as substâncias básicas(PG,VG) e as essências próprias para inalação, além de todo cuidado necessário para lidar com a fabricação.
Deve-se ter extremo cuidado sobre a procedência e consumo dos líquidos.
Os cigarros eletrônicos são de uso, compra e venda liberados no EUA e UK. Nos EUA a FDA regula a fabricação e venda dos produtos envolvidos, na maioria dos países desenvolvidos o uso também é liberado. Pelas terras tupiniquins, ainda esperamos que alguma empresa comercialmente interessada se envolva nas votações do nosso congresso para legislarem sobre isso.
A importação dos cigarros eletrônicos ainda não é permitida no Brasil e o órgão responsável pelas apreensões das importações ilegais é a ANVISA.
Neste aspecto vivemos na cadência e na falta de interesse político em viabilizar e regular o comércio. O já conhecido por nós fator: atraso-Brasil.
Grupos brasileiro no facebook sobre e-Cigs e Vapes:
https://www.facebook.com/groups/vapor55/
Links interessantes:
http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2015/01/05/2462CEA200000578-0-image-a-21_1420478941686.jpg
http://i.imgur.com/FKFbtGs.jpg
Fontes:
http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/o-cigarro-eletronico/
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4110871/
http://www.wired.co.uk/news/archive/2015-05/21/e-cigarette-formaldehyde
http://vapeaboutit.com/study-finds-vaping-is-95-safer-than-smoking/