Mesmo o primeiro filme, Sicario: Terra de Ninguém, não tendo agradado muito e trazendo uma fórmula já batida, agora temos Sicário: Dia do Soldado. O primeiro filme contava com a direção de Denis Villeneuve, com muitas sequências de ação, pouca história e alguns problemas no desenvolver da trama. Não é de se impressionar que trocaram o diretor e agora temos a visão de Stefano Sollima.
Com Stefano Sollima aconteceram melhoras e muita coisa do primeiro filme foi consertada: a narrativa com foco na história e o desenvolver da trama ficaram muito bons, deixando claro que existiam (no primeiro) alguns furos no roteiro e o problema talvez não fosse o diretor. A história tem muitas coisas previsíveis, tudo para justificar ações que muitas vezes duvidam da “inteligência” do espectador.
Dessa vez o filme conta a história de Isabelle, a filha de uma traficante e poderoso líder de um grande quartel de drogas mexicano. No desenrolar da trama descobrimos que isso não passa de um plano, onde Alejandro Gillick e Matt Graver trabalham secretamente para desencadear uma grande guerra entre quarteis mexicanos.
Como no primeiro existe tem um “gancho” para uma continuação, algo feito de maneira nada sútil, praticamente empurrada para o público. Sicário: Dia do Soldado é aquela sequência que ninguém pediu, mas que não faz (tão) feio.
Algumas cenas são sem lógica ou forçadas. Para um filme de ação “desliga cérebro” ele não fez tão feio: tem uma ótima fotografia, mas para todos que gostam de uma boa trama, ele realmente não agrada.
Ninguém pediu por esta sequência pelo simples fato do tema já ter sido amplamente abordado em outros filmes. Apesar de seguir a receita hollywoodiana, o primeiro não deu lucro e o segundo é mais uma tentativa de renovar ou insistir em uma nova franquia caça níquel, mostrando mais do mesmo com a ideia de luta dos bonzinhos (governo americano) contra cartéis Mexicanos de drogas.
Sicário: Dia do Soldado está disponível em todas as redes de cinema.