Ruby Marinho – Monstro Adolescente usa a fantasia para criticar a realidade

Ruby Marinho – Monstro Adolescente é a nova animação da Dreamworks, é dirigido, escrito por Kirk DeMicco (de Os Croods) e conta a história da Ruby do título, uma adolescente que não é muito diferente de muitas: tímida, pouco popular, sua mãe é controladora, tem seu grupo de amigos e não tem coragem de chamar um garoto para um baile.

Só há uma diferença: ela é descendente das guerreiras Kraken, na qual sua família faz parte. Sua mãe a protegeu para uma vida “normal” entre os humanos, mas ela quer descobrir sua origem. Paralelamente a isso surge na escola a sereia Chelsea, que logo se torna popular, querida, com uma legião de fãs e logo Ruby se sente inferiorizada.

A trama de Ruby tem muitos elementos de A Pequena Sereia e o recente Red – Crescer é Uma Fera (protagonista adolescente e a temática da fantasia), mas consegue ser original.

A Dreamworks é responsável por franquias de sucesso como Shrek, Kung Fu Panda e Como Treinar Seu Dragão. Havia uma disputa nos anos 2000 com a Disney, Pixar e mesmo sem as glórias do passado, além do avanço de outros estúdios como a Sony Animation e a Illumination, ainda tem o seu valor e pode entregar trabalhos interessantes ao público.

O visual é muito caprichado, o design das personagens é um deleite e mesmo sendo diferente, não causa estranhamento e mesmo com elementos fantásticos, é inteligível, não exigindo muito do espectador.

O filme pode ser apreciado por crianças de 8 a 80 anos, mas ele define muito bem o seu público, pois é o público adolescente que vai mais se identificar, sobretudo pela faixa etária da protagonista e por diversos fatores: a trama na escola, mocinha tímida, concorrência contra a novata popular, mãe controladora e protetora e querer descobrir a origem.

Conforme Ruby vai descobrindo as mudanças ao seu redor e evoluindo seu pensamento, ela fica mais deslumbrada, mas sentindo o peso de sua responsabilidade.

Há vários plot twists, sobretudo na segunda metade e que fazem sentido com o que o espectador vê em tela, mas que vão surpreender até mesmo os mais atentos e pode mudar a perspectiva e motivação que o público tem de alguns dos personagens principais.

Outro grande destaque é o bom elenco de vozes, tanto na dublagem brasileira, quanto no idioma original. Por aqui, a Ruby é dublada por Agatha Paulita e a sereia Chelsea é dublada pela Giovanna Lancelotti. Já no idioma original, a protagonista é dublada por Lana Condor (da franquia Para Todos os Garotos), a mãe é dublada por Toni Collette, Chelsea recebe a voz de Annie Murphy e Jane Fonda é a voz da avó de Ruby.

Ruby Marinho – Monstro Adolescente pode não ser a melhor animação do ano e não tem a pretensão de mudar o cinema, mas é um bom programa, uma boa pedida para que muitas se identifiquem e tenham lugar de fala para as mudanças da vida real.

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Nerd: Raphael Brito

Não importa se o filme, série, game, livro e hq são clássicos ou lançamentos, o que importa é apreciá-los. Todas as formas de cultura são válidas e um eterno apaixonado pela cultura pop.

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