E ai, galera, como vocês estão? Espero que bem. Por conta desse ano repleto de encerramentos, principalmente de diversas séries que amamos, hoje eu vim falar sobre Riverdale, a nova série da The CW, que estreou em 26 de janeiro de 2017, e começou a ser exibida, no Brasil, em 13 de fevereiro pela Warner Channel.
Inspirada nos personagens da Archie Comics, é escrita pelo diretor criativo dos quadrinhos, Roberto Aguirre-Sacasa, tem como produtor executivo, Greg Berlanti e conta em seu elenco com nomes como: KJ Apa (Archibald “Archie” Andrews), Lili Reinhart (Elizabeth “Betty” Cooper), Camila Mendes (Veronica Lodge), Cole Sprouse (Forsythe “Jughead” Jones III), Madelaine Petsch (Cheryl Blossom), Marisol Nichols (Hermione Lodge), Ashleigh Murray (Josephine “Josie” McCoy), Luke Perry (Frederick “Fred” Andrews) e Mädchen Amick (Alice Cooper).
Archie Andrews ainda é um típico adolescente americano, mas os eventos do verão o fizeram perceber que ele quer seguir uma carreira na música – e não seguir os passos de seu pai Fred – apesar de seu relacionamento proibido com a jovem professora de música, Sra. Grundy.
Com o peso do mundo em seus ombros, Archie deve procurar um novo mentor de música e encontra Josie McCoy, mas ela está focada apenas em sua banda, Josie e as Pussycats. Preocupa também sua amizade quebrada com o escritor Judhead Jones.
Enquanto isso, a vizinha Betty Cooper está ansiosa para rever Archie depois de ficar fora durante todo o verão, mas ela não está pronta para revelar seus verdadeiros sentimentos por ele. E os nervos de Betty, que dificilmente são acalmados por sua mãe dominadora Alice, não são a única coisa que a seguram.
Quando uma nova aluna, Veronica Lodge, chega à cidade de Nova York com sua mãe Hermione, há uma inegável faísca entre ela e Archie, mas Veronica não quer prejudicar sua nova amizade com Betty. E ainda há Cheryl Blossom, Rainha Juvenil de Riverdale, que adora criar problemas entre os outros, embora esteja guardando alguns segredos próprios.
A história tem início a partir de uma tragédia, e é narrada por Jughead, que está escrevendo um livro baseado nos fatos e em como o acontecimento mudou a pequena e “inocente” Riverdale. Durante as férias Jason Blossom, um dos filhos do casal mais rico da cidade, foi morto e uma investigação coloca todos como possíveis suspeitos.
O gancho da série é, praticamente, a busca pelo o que aconteceu com Jason, por quem e por que este foi morto. Com um tom mais sombrio para uma série teen, Riverdale explora a estranheza, o surrealismo e as consequências que um ato como o assassinato pode causar à uma cidade interior e à seus habitantes. Que uma vez que algo é mudado, ninguém mais poderá ser como antes, e segredos, por menores e sutis, podem e irão ser prejudiciais.
A trama não traz nada novo, já conhecemos demais histórias voltadas para esse tipo de público e que envolvem um assassinato misterioso. No entanto, a composição da história com um cenário mais intimista e pacato, onde todos se conhecem ou achavam conhecer, dá um toque mais real e nós faz sentir a pressão e o medo. Como se aquilo não fosse suposto acontecer, pelo menos, não lá, e não com aquelas pessoas.
Para quem conhece Pretty Little Liars, vai ser impossível não fazer uma pequena comparação, mas as duas, tirando suas premissas, não são exageradamente parecidas, não após o desenvolver dos episódios. Achei que o decorrer das investigações e a relação dessa com a vidas dos jovens, foi abordada de forma muito diferente. Ao contrário de pll, os produtores e escritores de Riverdale, atribuíram motivos e segredos para todos os personagens (alguns, obviamente estão mais entrelaçados na teia de acontecimentos e mentiras), de modo que a suspeita fosse amplamente expandida, o que não criou uma ligação direta com os personagens principais, e fez com a criação de uma história bem mais plausível e surpreendente fosse possível, sem amarras.
Outros aspectos, que as diferencia, e me deixou mais ligada nos fatos e pistas, é que não conhecemos muito de Jason e os flashbacks onde o mesmo está presente, não contam com nenhuma fala de sua parte. Sua personalidade e atitudes também são um mistério, que está sendo revelado, juntamente, com os motivos e identidade de seu assassino. E os suspeitos não são assim denominados porque estão em cenas isoladas que os fazem parecer culpados, ou tentando incriminar outras pessoas. Alguns nem mesmo parecem suspeitos!!! Mas as razões estão ali, só precisamos saber quem foi capaz de achá-las.
Consegui até sentir uma pequena referência à Crepúsculo no primeiro episódio, quando os gêmeos Blossom aparecem de carro, passando sobre uma ponte e notamos uma placa escrita Twilight Drive-in. Além do tom pálido da pele deles que remetem aos Cullen e o mistério que os envolvia, que é algo característico de ambos e toda a situação em que se encontram.
Como todo conteúdo do tipo, a história possui teus clichês, como o famoso triângulo amoroso, os casos românticos proibidos e as maldades exercidas pelos populares do colégio (nesse caso Cheryl Blossom e alguns jogadores do time de futebol), mas nada incomodo, na verdade, possibilita certa descontração e identificação, porque todos passamos por crises parecidas. No entanto, também existem questões, importantes, que estão sendo retratadas e acho essencial que sejam citadas. A pressão que parte da maioria dos pais dos personagens, em busca de filhos perfeitos e que não cometem erros é absurda, o que apenas dá mais ênfase naquilo que tem sido muito criticado por nossa geração. Alguns pais estão fazendo com que pareça aceitável que seus filhos pensem que é preciso conseguir tudo aos vinte e poucos anos, e isso não é algo natural. Educação e pressão são coisas diferentes!
O caso da mãe de Betty é ainda pior. Ela controla todas as partes da vida da filha e a sobrecarrega com suas exigências, o que causou danos, bastante perceptível, consequências da criação de uma família emocionalmente desestabilizada, e deve ser algo a ser explorado com maiores detalhes nos próximos episódios, como a não tão saudável relação dos Blossom com seus filhos.
A objetificação, humilhação da mulher por homens no colégio e brincadeiras pejorativas são temas retratados, porque apesar de ser algo pasteurizado, ainda são frequentes, o que é uma pena, e precisa ser dizimado.
Os personagens são todos bem desenvolvidos e passam por dificuldades e situações mais sérias relacionadas a família. Nenhum deles possuem um ambiente 100%, o que diz muitos sobre eles. Com toda certeza, alguns são mais complexos que outros e por isso veremos algumas faces desconhecidas. Em específico, o Archie é o único que quero ver mais mudanças, ele é um ótimo personagem, mas tem aquele heroísmo, o bom coração e a fé nas pessoas, que só os quadrinhos antigos tem, o que o torna ingênuo, até mesmo cego em demasia, e isso irrita um pouco.
Simplificando, a mesma é uma ótima pegada para quem gosta de suspense e séries mais jovens como PLL e Teen Wolf, que são duas das que chegam ao fim esse ano e deixará muitos órfãos. Arrisco a dizer, que se continuar nesse ritmo, ela pode conquistar mais fãs dos que as demais, e aqueles que não as acompanham deveriam dar uma chance para a mesma. Sua fotografia, cenário são impressionantes, e a cada episódio uma nova revelação é feita, trazendo mais perguntas e dúvidas que esperamos ser respondidas, afinal quem era Jason Blossom? O que ele fez em sua curta vida? Quem o matou e por que?
E você já assistiu a série? Deixe aqui seu comentário e me diz o que achou, e quem acha que matou Jason.
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