Rir Para Não Chorar: humor e perda lado a lado

Rir Para Não Chorar mostra o comediante de sucesso Flávio Pontes (Rafael Cortez) se deparando com uma crise após a morte de sua mãe, Dona Graça (Fafy Siqueira), da qual era apegado e dependente emocionalmente. Com isso Flávio, acaba se convencendo de que não é mais engraçado, devido a uma “nuvem de tristeza” que lhe persegue.

Walt Disney (que poderia ensinar praticamente qualquer coisa a qualquer um) foi homem muito criativo e a frente de seu tempo e nos mostrou que mesmo ele não tinha o poder para ensinar a sorrir. Como fazer o outro sorrir, quando por dentro não temos vontade de nada, além de chorar?

Por causa disso, Flávio faz de tudo para tentar recuperar seu humor perdido. Com ajuda de seus amigos comediantes (que indicam desde acupuntura, biodança, constelação familiar à hipnose), Flávio tenta relaxar e gera ao público muito divertimento, mas não consegue alcançar sua força espiritual.

Deste modo, quando Flávio está perto de ficar sem esperanças, ele procura uma terapia de choque, com um psicólogo/psiquiatra alemão muito radical, que o faz compreender que precisa amadurecer e preservar a sua criança interior que está perdida, sozinha e muito desamparada.

Assim, o longa consegue nos despertar sensações e vivências, mostrando que ‘a vida é composta de luzes e sombras, e seríamos mentirosos, insinceros… se tentássemos fingir que não há sombras’. Apresentar uma história onde o personagem principal é um comediante do stand-up que está passando por uma combinação de sentimentos, como luto, tristeza e a sensação da falta, só nos mostra que a ‘fantasia e realidade muitas vezes se sobrepõem’ e que todos podem ser condenados a isso.

O comediante Rafael Cortez entrega um ótimo trabalho de atuação nas cenas, além de diversas gargalhadas nas cenas de humor que o seu personagem é submetido.

Todavia, quem não podia deixar de brilhar é a comediante Fafy Siqueira, mesmo com um papel passageiro, consegue deixar a sua marca com os preparativos de sua morte e todo o processo que deveria ser triste, mas acaba gerando muitos risos.

E aproveitando essa deixa de papeis passageiros, o time de comediantes que se auto interpretaram nas telonas é incrível, sendo eles: Maurício Meireles, Oscar Filho, Renato Albani e Bruna Louise.

A comédia Rir Para Não Chorar é um longa focado no público que deseja relaxar e que também gosta da comédia stand-up, principalmente a brasileira. Além de mostrar uma história “tranquila” e leve com transições mais simples, a qual todos já passaram, estão passando ou irão passar, em algum momento. Então, por que não juntar a galera para aproveitar e quem sabe se preparar?

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