Um cientista alcoólatra, um menino desprovido de muita inteligência e uma das armas mais legais já criada no universo do entretenimento, a portal gun ou “arma de portais”. São ingredientes dessa incrível série que traz elementos fortes de sci fi, humor mega ácido e pra não faltar, críticas sociais.
Rick and Morty é uma série com o DNA da Adult Swim, que para quem não lembra, é um quadro voltado para os adultos da Cartoon Network, que ficou extremamente famoso aqui no Brasil com os episódios de Esquadrão Aqua Teen, Laboratório Submarino 2021, Frango Robô entre vários outros!
Rick é um velho gênio ressentido, que fugindo da sua antiga vida de guerras – que não nos é revelada com detalhes – vive na casa de sua filha, Beth, que é casada com Jerry, tendo dois filhos, Summer e Morty. Poderiam ser a típica família tradicional americana, se vistos de longe, beeeem de longe! A primeira vista, temos a sensação de que o velho cientista é um psicopata alcoólatra, egoísta e narcisista, onde só usa o pequeno Morty para que seus planos deem certo. Não que não seja isso, Rick é uma pessoa detestável, mas é daqueles personagens que tem tanto carisma que nos conquistam, mesmo tendo um caráter super questionável.
Justin Roiland, que dubla o Rick, tomando tequila para uma cena em que, bom, o Rick está chapado.
Morty é um típico adolescente, regular, não é retratado como o perseguido que sofre bullying dos “valentões”, nem é um mega gênio incompreendido, ele é só mais um adolescente inseguro quanto a ele mesmo e suas paixonites. Mas em alguns momentos a realidade do momento bate na cara e ele se transforma em outro personagem.
Mesmo a série centrando em Rick e Morty, conforme se avança nos episódios, o restante da família começa a ser mais integrada, e as aventuras saem do escopo de apenas os dois, para ter sempre um ou mais personagens interagindo com a dupla, o que é sensacional, tirando o peso de apenas Morty ser a “representação” do público, sendo aquele o personagem não sabe de nada e a partir dele, certos pontos da história são explicados. E, essa sensação é constante na série, graças a outro “personagem” central do show, a portal gun que nada mais é uma arma que abre portais para outras dimensões, com a mesma facilidade de abrir uma porta. E essa “banalização” da ciência é geralmente a maior causa das piadas – e dos problemas – dentro da animação.
Um dos maiores acertos com certeza é o seu apego pelo enredo, não vemos episódios jogados ou “gratuitos”, todos seguem uma linha cronológica e ao final de cada um sentimos uma evolução em algum dos protagonistas ou na própria história em si, e todas as atitudes dos personagens impactam o enredo de alguma forma, então, sem a desculpa do “no sense” aqui de acontecer uma tragédia num episódio e no seguinte as coisas voltarem ao normal por conveniência, tudo tem impacto e as devidas explicações.
Se você gosta de séries sem noção como Family Guy, Bojack, American Dad entre outras, vai se sentir em casa assistindo Rick and Morty, humor ácido, palavrões, violência explicita e personagens detestáveis mais carismáticos pra c*cete, e com um plus, um roteiro extremamente bem amarrado que vai fazer você ficar criando teorias pro resto da sua vida!
A 3ª temporada da série já está sendo transmitida na gringa, Netflix conta com as duas primeiras completas, vamos torcer para legendarem o quanto antes essa terceira!
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