Fala Khalasar, beleza?
Procurando Dory estreou já há alguns dias. Eu deveria ter escrito algo antes mesmo da estreia, já que eu estava presente na cabine de imprensa, mas toda vez que eu pensava em escrever algo me impedia. Por um tempo então, decidi que iria fazer um vídeo para o canal, e isso saiu pior do que esperar pelas palavras do texto.
Até que finalmente descobri o que acontecia: ao contrário do que li muitos por aí dizendo que Procurando Nemo fazia parte da sua infância, ele não fez parte da minha. Pelo simples fato de que: na sua estréia, em 2003, eu tinha 20 anos! Então, para mim, Procurando Nemo foi mais uma animação, acima da média claro, mas apenas mais uma animação.
Veja bem, não estou dizendo que não dou risada até hoje assistindo ao primeiro filme da franquia, mas a história de Marlin e Nemo não era exatamente inédita: um pai (ou mãe) fazendo de tudo para encontrar seu filho. E desde quando o vi pela primeira vez quem me encantou mesmo foi Dory! O seu “continue a nadar, continue a nadar, continue nada, nada, nadar” virou um mantra pra mim em muitos momentos da minha vida.
Me encantei com aquela peixinha azul que esquecia de tudo, menos da coisa mais importante: a crença! Crença nela mesma, crença nos seus amigos, crença de que não importa o que aconteça, você deve continuar nadando. E ela se tonou uma das melhores personagens de animação de todos os tempos. E por isso, eu não podia escrever ou dizer qualquer coisa sobre a peixinha mais corajosa dos 7 mares!
E foram necessários 13 longos anos para que a Disney percebesse isso! Que ela tinha um dos melhores personagens já feitos, que muitos idolatravam, guardada em uma gaveta.
Procurando Dorry não tem uma inovação em sua história, que gira em torno de algo muito parecido com o que já conhecemos: a busca por entes queridos. Porém, contudo, todavia, isso não atrapalhada em NADA a ótima diversão, e mais que isso, a linda mensagem que continua ser transmitida por sua personagem agora principal: continue a nadar!
De fato, o filme nos deixa ainda mais encantado pela peixinha esquecida. Ele consegue te deixar ainda mais conectado com a personagem, fazendo que você vivencie toda a jornada até conhecer Marlin e Nemo… e te cativa mais ainda com a procura por sua família onde, de uma forma surpreendente, somos apresentados a novos personagens tão bons quanto de Procurando Nemo.
Aliás, eu preciso bater MUITAS palmas para Antônio Tabet e Marília Gabriela! É impossível não gargalhar com Hank ou com cada vez que Marília Gabriela é citada! É muito difícil uma regionalização dar certo, geralmente fica muito forçado, mas a Disney acertou a mão ao fazer isso e colocar a entrevistadora como a voz do Instituto de Vida Marinha! Acreditem, muitos dos melhores momentos são proporcionados simplesmente pela menção ao nome de Marília!
Procurando Dory é uma homenagem a uma linda personagem que roubou espaço no coração de muitas crianças e adolescentes por aí, e que possui a magia de nos fazer voltar a 2003 por 1h e 45 min. Vale cada SEGUNDO e a mensagem se mantêm: continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar, nadar, nadar!