Vamos falar um pouco sobre design de jogos?
No post passado falei um pouco sobre trabalhar com jogos e entretenimento. Senti que precisava falar de um assunto importante: o que nos leva a jogar! Se você gosta de jogos, precisa entender porque as pessoas jogam. Não, não é um post sobre jogadores compulsivos nem nada disso (se entrou aqui achando isso, clique aqui!). Eu quero mesmo é falar sobre porque todo mundo gosta de jogar!
Todo mundo joga. Você pode não perceber, mas você joga quando está trabalhando, com sua família, com seus amigos. Você compete na sua aula. Você compete no seu trabalho. Compete com seus amigos. Quem não tem amigos que adoram ver jogo de futebol (ou qualquer outro esporte) – não só pelo jogo, mas para zoar o amigo que torce para o outro time?
Tem um cara (Johan Huizinga) que escreveu um livro que até hoje é importante sobre isso: chama Homo Ludens. Segundo ele afirmar que todo mundo joga é entender todas pessoas competem sobre um objetivo segundo regras pré-estabelecidas. E isso em um livro de 1938 (o livro tem muitos conceitos importantíssimos para quem quiser se aventurar em game design! Leitura obrigatória!).
Imagina que o dado – aquele cubinho com números que a gente usa para “brincar” – tem mais de 2.000 anos. Julio César – aquele do “Até tu, Brutus!” tem uma segunda frase muito famosa: “A sorte está lançada”. É, ele devia jogar alguma coisa….
Os jogos como diversão mudaram muito com os anos. Jogo de tabuleiro não é só xadrez ou gamão. Hoje temos uma infinidade de jogos para todos os gostos, para momentos diferentes. Mecânicas novas foram criadas ou muitas vezes re descobertas de novas formas, atualizando a nossa forma de interagir com o jogo e com os jogadores.
Jogo Real de Ur, tido como um dos jogos de tabuleiro mais antigos da história, com cerca de 5.000 anos!
Eu sou uma pessoa que gosta de jogos de tabuleiro (aliás, vou falar bastante disso por aqui…). Adoro a competição com o amigo, o entender como manipular as regras do jogo para extrair o melhor, criar a estratégia certa para alcançar o objetivo. Mesmo quando o jogo tem um componente forte de sorte (ou azar), é ótimo quando o cara precisava tirar 2 no dado e sai 1. Existe hoje uma série de mecânicas, temas, tipos de jogos que encaixam com o seu gosto. Euros, Ameri, Party, Coops, Abstratos. Existe um tipo de jogo para cada jogador.
Assim como no videogame, também! Na minha opinião, se você tem interesse no assunto de game design, deve conhecer diversos tipos de jogos – analógicos e digitais. Mesmo sendo um cara que não dispensa um jogo de tabuleiro, gosto de jogar videogame. Adoro jogos que contam histórias – você vive a história ali, junto com o protagonista: o desafio de enfrentar um monstro, aquela fase impossível que você tem que refazer algumas (muitas) vezes para passar…
Existe um mecanismo em comum em todo jogo: a recompensa de ganhar! Jogamos porque zoar com o amigo que ele perdeu de 30 x 1 é história para contar por um bom tempo. Jogamos porque deu um estalo e entendemos como o jogo funciona, o que você tem que fazer para ganhar. Jogamos porque o jogo te trouxe para um mundo novo e você está escrevendo a história desse mundo. Jogamos porque matar o chefão final é gratificante – além de ser um alivio. E esse é o ponto mais importante para quem joga e quem vai desenvolver um jogo: achar a sua recompensa. Você joga para ter algo gratificante em troca – momentos de diversão descompromissada, a conquista de ser o melhor daquela rodada, uma boa história, ter os amigos por perto. Você vai buscar o tipo de jogo que vai te trazer essa recompensa – e ela vai te fazer querer jogar!
E você, que tipo de jogo você gosta?
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