Poltergeist – O Fenômeno: 40 anos depois (1982)

Poltergeist – O Fenômeno, é um filme do gênero terror, lançado em 1982, inspirado em um episódio de Twilight Zone, chamado Little Girl Lost, o filme é dirigido por Tobe Hooper (de O Massacre da Serra Elétrica), escrito e produzido por ninguém menos do que Steven Spielberg. A trama acompanha uma família na Califórnia, que começa a lidar com estranhos assustadores acontecimentos quando os espíritos começam a se comunicar com eles através da TV.

Tudo parece ser inofensivo no começo, mas tudo muda quando a filha mais nova desaparece. Seus pais procuram a ajuda de um grupo de parapsicólogos liderados por uma médium para recuperar a garota e a normalidade da família.

O filme foi um sucesso de bilheteria na ocasião do lançamento, pois custou 10 milhões e faturou quase 80. Um dos motivos do sucesso, além dos méritos do longa, foi o nome de Spielberg. Até hoje existe a polêmica sobre quem dirigiu de fato, mas a teoria mais aceita é a que Hooper dirigiu os atores e Spielberg entrou com a parte criativa.

Sem contar que Steven não pôde colocar o seu nome como diretor por conta do contrato com a Universal. É bom lembrar que, no mesmo ano de 1982, foi lançado o mega sucesso ET – O Extraterrestre, que se tornou a maior bilheteria da história do cinema até aquele momento e no verão daquele ano, ofuscou muitos filmes que flertaram com a ficção científica, como Blade Runner, O Enigma de Outro Mundo e Tron – mas todos esses se tornaram cultuados, queridos e com fãs até hoje.

Mas após uma assistida a Poltergeist, nota-se que há a presença dos dois diretores: a primeira metade é muito característica de Spielberg, com o foco nas crianças, na família, na casa e até mesmo a trilha de Jerry Goldsmith emula o grande John Williams, grande parceiro de Spielberg.

Já a segunda metade é muito alinhada com Hooper, sobretudo porque o terror sobrenatural fica mais acentuado, uma ação que não para e com muitos momentos bizarros popularmente chamado de “terrir”, sem contar o teor quase sexual de muitas cenas.

Os efeitos saltaram os olhos de quem viu o filme na época e até hoje permanecem, com uma mistura de CGI com efeitos práticos, com a mão da Industrial Light and Magic.

Tudo isso resultou em uma merecida indicação ao Oscar na categoria de Efeitos Especiais, além de ter sido lembrado nas categorias de mixagem de som e trilha sonora (curiosamente, as três categorias foram vencidas por ET).

Mas é impossível falar em Poltergeist sem citar as polêmicas fora da tela. Assim como o clássico O Exorcista, este filme é cercado de histórias, teorias e com mistérios até hoje. Duas das atrizes que estão no filme, Dominique Dunne e Heather O’ Rourke, morreram muito precocemente.

Dominique foi morta pelo namorado em 1982 mesmo, em dezembro daquele ano. Ela interpretou a irmã mais velha neste filme. Já Heather, a filha mais nova e protagonista dos filmes, morreu aos 12 anos, antes do lançamento de Poltergeist 3, em 1988 por uma doença que nem os médicos conseguiram identificar.

Isso sem contar o tanto de acidente que teve na produção, outras mortes envolvidas e objetos se mexendo no set de filmagem. Dizem que a produção do longa foi castigada porque decidiu utilizar esqueletos reais, ao invés de objetos cenográficos.

Castigo ou não, essas histórias só aumentam a aura de mistério em volta de Poltergeist, ao passo que vidas foram perdidas, algumas precocemente e nada disso pode ser coincidência.

Poltergeist – O Fenômeno é um filme que provoca fascínio dentro e fora das telas, é um excelente longa, dos melhores do gênero, ainda critica o poder da televisão, teve continuações de gosto duvidoso, mas não anulam o impacto que este filme ainda transmite no espectador.

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Nerd: Raphael Brito

Não importa se o filme, série, game, livro e hq são clássicos ou lançamentos, o que importa é apreciá-los. Todas as formas de cultura são válidas e um eterno apaixonado pela cultura pop.

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