Não pretendo aqui fazer uma resenha completa do jogo, mesmo porquê tenho apenas 12 horas jogadas, e sim dar minhas impressões do que já vi para que as pessoas possam decidir se vale ou não a pena comprar o jogo. (SPOILER: vale MUITO a pena) Mais para a frente escreverei uma resenha completa do jogo.
Vamos começar tirando algo do caminho. A história. Sim, Pokemon X/Y é – como todo jogo de Pokemon – um RPG, então tem uma história que guia o jogo. Mas este nunca foi o foco da franquia e – com a rara exceção de Black/White – nem nunca foi realmente muito interessante. A história aqui segue o mesmo padrão, apenas uma linha guia para levar você por esse mundo fantástico.
Falando no mundo, o continente de Kalos é sensacional, provavelmente o mais vasto já visto na franquia, com o design das cidades remetendo à França. A maior cidade, Lumiose é como uma Paris Pokemon e as cidades menores têm clima de vilarejos europeus, tudo muito bonito, aproveitando o salto imenso no visual e na tecnologia do jogo! Sim, agora finalmente temos Pokemon em gráficos poligonais (ainda que com Sell shading aplicado, o que deixa tudo mais bonito) e a nova tecnologia fez bem demais à franquia! O 3D, foco inicial do 3DS, mas que nunca parece ser bem explorado fora de jogos do NINTENDO EAD, foi usado de maneira diferente pela Game Freak, que resolveu colocar o efeito apenas dentro de batalhas e nas trocas, o que achei bem aceitável. A maioria das pessoas joga com o efeito desligado, o que não é necessário em X/Y, pois a maioria do tempo você não tem o efeito e nas batalhas, como são mais estáticas, o efeito só embeleza o desing dos monstrinhos.
Alias, os novos pokemons são em sua maioria bem criativos e bonitos. São apenas 69, o menor número em qualquer geração, o que se pode entender pela estratégia nostálgica que a Nintendo adotou com o jogo. Temos muitos monstrinhos das gerações anteriores, principalmente da primeira geração, a mais clássica delas. O que acaba nos permitindo ter 3 pokemons iniciais em nossa jornada. No começo do jogo fazemos a escolha comum entre os 3 iniciais da área (Chespin, tipo grama; Fennekin, tipo fogo; Froakie, tipo água), logo depois já podemos pegar um Torchic especial com habilidade “speed boost” dado de presente pela Nintendo pelo mistery gift. Na cidade de Lumiose o professor de Kalos nos dá outra escolha, desta vez entre os 3 clássicos iniciais de Kanto, ou seja, a Game Freak nos dá a possibilidade de reviver a escolha mais difícil de nossa infância, entre Bulbasaur, Squirtle e Charmander, todos eles vindo com uma pedra para a polêmica Mega-Evolução (não falarei sobre este assunto, por ainda não ter chegado a usar no jogo).
Minha feliz e dura escolha!
Temos algumas novidades na jogabilidade, a adição de patins, que deixam a locomoção muito mais rápida do que os tradicionais tenis de corrida dos jogos anteriores; as batalhas em hordas, onde 5 pokemons do mesmo time atacam você e é preciso derrotá-los com apenas um pokemon, o que pode ser bem desafiador; e o alívio no mal fadado griding – no jogo não é tão necessário ficar treinando suas criaturas, se podendo facilmente lutar apenas o suficiente para progredir a história. Mas a maior novidade de todas é a adição do novo tipo Fada, que veio para balancear o tipo Dragão, que sempre foi forte demais. Logo no começo do jogo já podemos capturar alguns novos pokemons com esse tipo e também alguns antigos que ganharam esse sub-tipo, como Azurill por exemplo. Claro que mais novidades existem, como as batalhas aéreas, mas ainda não as experimentei, então não comentarei.
Outra novidade são dois modos de interagir com seus pokemons, o Pokemon-Amie e o Super Training. O Pokemon-Amie é como se fosse um tamagochi com os pokemons de de seu time. Você pode interagir com eles, fazer carinho, alimentar e jogar alguns minigames. Não é necessário para a história, mas como aumenta a felicidade dos bichinhos, pode servir bem para evoluir algumas espécies que só evoluem por este atributo, além de ser interessante para um público mais novo. Já o Super Training também é composto de minigames, mas com a função de aumentar pontos dos status de seus pokemons, o que ajuda bastante no treino de seus monstros pra batalha.
Antes de concluir preciso falar do excelente modo online do jogo! A Nintendo finalmente acertou a mão (ainda que os friend codes permaneçam e sejam o fim da picada), é muito fácil batalhar e fazer trocas conectado, dificilmente cai a rede e o chat de voz realmente funciona, mas a cereja do bolo são as Wonder Trades! Você pode trocar pokemon com pessoas aleatórias de qualquer lugar do mundo! É só escolher a criatura que quer trocar e a rede escolhe alguém que também esteja querendo trocar algum pokemon e a troca é feita, você nunca sabe o que vai receber, então pode receber tanto criaturas boas como criaturas ruins, é uma loteria. Mas com um pouco de paciência você acaba conseguindo algo que se encaixe no seu time! Reparei que muita gente têm cruzado seus pokemons e trocado os filhotes, já consegui um Charmander, um Fenekin, um Snorlax e dois Eevees bebês na Wonder Trade!
É até bobo ter que concluir alguma coisa, já que ficou claro meu apreço pelo jogo, mas sim, se você tiver um 3DS é obrigatório comprar este jogo, AGORA, VAI! Se não tem o console digo que deve comprá-lo junto com o jogo! O 3DS é cheio de jogos excelentes e você nunca vai ficar sem ter o que jogar! Ahh, se forem pegar Pokemon, escolha, a versão Y, porque comprei a X e quero pessoas com que, trocar os exclusivos! Alias, meu friend code é: 3625-8573-7545. Me adicionem e mandem o de vocês nos comentários para eu poder adicioná-los também, afinal: “TEMOS QUE PEGAR”!
