Sabe quando você chega naquela fatídica fase daquele game fodástico em que você tenta milhares de formas de ir pro next level e morre tendo que recomeçar do início da fase e refazer vários passos diversas vezes? Aquele momento que você acaba explorando todas as alternativas daquele pedaço do jogo que se repete infinitamente antes do chefão dar um game over em você?
A premissa do filme “No Limite do Amanhã” (Edge of Tomorrow, 2014) que estréia no fim de maio é algo parecido com isso. Tom (meio velho) Cruise, é um oficial que é jogado neste dia interminável. Ele revive a mesma rotina, milhares de vezes. Impossível não lembrar do impagável Bill Murray em Feitiço do Tempo, a diferença é que o roteiro é baseado no mangá All You Need Is Kill de Hiroshi Sakurazaka, numa sensacional ficção futurista.
Com este roteiro, o diretor Doug Liman de filmes como Jumper, Sr. & Sra. Smith e Identidade Bourne, consegue de pronto capturar sua atenção e envolver a audiência num jogo imaginário de adivinhação sobre em que ponto do dia nosso querido Tom vai morrer ou de que forma.
Neste ponto o filme ganha tiradas sensacionais sobre a morte. Afinal de contas, existem mil maneiras de se morrer e como comprovado… Mil maneiras de acordar e fazer tudo de novo.
Como todo filme de ação que se preze tem sua mocinha, Emily Blunt aparece linda, malhada e loira. Guarde bem a cena acima, pois é (literalmente) de tirar o fôlego. E não se preocupe em prestar atenção para não perder esta cena… Estamos num dia que se repete, lembra?
O tempo apesar de ilusoriamente estático, passa e vemos o Tom, evoluir na atuação, conquistando sua eterna posição de mocinho, levantando a bandeira americana e literalmente salvando a pátria.
Ambientado num cenário futurista, mas com um deja vu de segunda guerra mundial, o filme evolui e mesmo que ligeiramente, faz refletir sobre a inexorabilidade do tempo, que apresenta pequenos marcadores, fatos que se repetem independente do que acontece antes e depois. Como não poderia de deixar de ser, você fica lá, colado na cadeira, com sua pipoca na mão… Re-startando o dia, ou como diz no poster: Viva, Morra, Repita.