O Que As TVs Por Assinatura Precisam Entender

Fala galerê!

Eu sei, eu sei. Falar de TV por assinatura não tem nada a ver com o que eu normalmente falo por aqui. Mas esses dias postamos aqui  sobre a limitação da internet, que coloca em perspectiva o custo benefício x qualidade do serviço que recebemos e, particularmente, me fez pensar no modelo de negócio das TVs por assinatura e no cenário atual do crescimento do streaming.

As TVs por assinatura se sentem acuadas pelo surgimento dos novos serviços de streaming como Netflix, Crackle, etc – que oferecem entretenimento por um preço acessível, e também pelo número crescente de pessoas passando cada vez mais tempo em sites em vez de dedicar sua atenção à TV; em 2015, a agência internacional We Are Social comprovou que o brasileiro passa 9 horas e 3 minutos conectado à internet.

 

O que essas empresas fazem para competir com a nova concorrência?

Claro, as empresas de TV paga oferecem seu conteúdo em HD e finalmente descobriram que o futuro é On Demand (quando o próprio consumidor escolhe o que quer assistir e quando quer assistir).

Além disso, costumam oferecer vantagem de fidelização, para garantir que os clientes continuem com seus planos e não mudem de operadora, independente do que aconteça. É possível optar pela contratação sem fidelização, mas obviamente isso implica em uma taxa de adesão mais alta.

Apesar disso, os preços ainda são completamente incompatíveis com a realidade econômica em que vivemos:

Pegando uma tabela de 2015 comparando os pacotes da Claro, NET, Oi e Sky, os preços dos pacotes que oferecem algum luxo (HBO, Telecine) passam dos R$150,00 – cerca de 16% de um salário mínimo. Já o melhor pacote de todas essas operadoras, que incluem HBO, Telecine e canais de futebol, não custam menos de R$200,00 e, no caso da Oi chega a quase R$400,00 =O – 42% de um salário mínimo. Isso porque não estamos incluindo aqui a pacote com internet.

Como é de praxe para comparação, nos EUA o pacote Premier da DirecTV que oferece 285 canais custa apenas US$89,00 ¯\_(?)_/¯

 

O que eles precisam entender?

Primeiro que, apesar de o Brasil ter um dos cenários de TV por assinatura mais competitivos do mundo, é preciso ajustar os preços para que sejam compatíveis com as condições de mercado e também para acirrar ainda mais a concorrência.

Em segundo lugar, é preciso que estas empresas entendam que o atendimento faz diferença. Quem nunca teve problema ao ligar para a central de atendimento e ficar minutos sem fim, ou até mesmo horas pendurado no telefone? Quem não fica frustrado só de pensar em ter que ligar nas centrais para resolver algum problema ou até mesmo para contratar um serviço exta?

Há muitas pessoas que dizem que o atendimento de suas operadoras é bom. O que quer dizer que na verdade a experiência só não foi ruim =), mas o tom continua sendo indiferente e extremamente robotizado. Será tão difícil ser diferenciado no atendimento? É bom lembrar que um cliente feliz, paga feliz.

Por fim, seria interessante que procurassem imitar seus concorrentes. Eu sei que a Netflix é completamente diferente e o modelo de negócio só tem em comum a mensalidade e nada mais, mas há pouco tempo o serviço de streaming era maldito por ter apenas filmes antigos em seu catálogo, mas o diálogo com o cliente e a análise de mercado trouxe insights que tornaram o serviço um dos gigantes do streming atualmente.

Por último, só queria enfatizar que não sou nenhuma especialista no mercado de TV paga, só quis trazer meu ponto de vista sobre um produto que é consumido por mim e por mais 63 milhões de brasileiros.

 Não esqueça de se inscrever na nossa Mail List colocando seu e-mail abaixo!

Nerd: Beatriz Napoli

Devoradora de livros, publicitária apaixonada, tem dois pés esquerdos e furtividade 0 para assaltar a geladeira de madrugada. Se apaixona por personagens fictícios com muita facilidade, mas não tem dinheiro para pagar o psiquiatra que obviamente precisa.

Share This Post On