O Piano é um drama neozelandês lançado em 1993 e foi premiado com a Palma de Ouro em Cannes. Fez muito bonito no Oscar também, afinal, Jane Campion, diretora e roteirista, foi a então segunda mulher a ser indicada para direção na premiação, o filme venceu 3 Oscar: Atriz para Holly Hunter, Atriz Coadjuvante para Anna Paquim (com 11 anos na época) e Roteiro Original para a própria Jane. O filme ainda foi indicado em outras 5 categorias: Filme, Direção, Fotografia, Figurino e Montagem.
Na história, passada na época vitoriana, quando a Nova Zelândia ainda era colônia inglesa, vemos a história de Ada (Holly Hunter, estupenda no papel), uma mulher que é muda, escocesa que se muda para a Nova Zelândia porque está de casamento marcado com Stewart (Sam Neill) e vai junto com sua filha Flora (Anna Paquim). Ele não é um bom marido e abre mão da única alegria de Ada, o seu piano. O objeto é negociado para George (Harvey Keitel), um administrador da região. Atraído por Ada, ele concorda em devolver o piano em troca de algumas lições, mas não demora muito para que eles comecem uma história de amor.
O filme gerou polêmica na época por conta das cenas de sexo, nudez (inclusive masculinas) e nos Estados Unidos sofreu censura R.
Vamos relembrar algumas curiosidades sobre este marco do cinema:
- Sigourney Weaver foi a primeira escolha de Campion, mas ela recusou o papel porque estava fazendo uma pausa em filmes na época. Juliette Binoche também foi considerada para o papel. Jennifer Jason Leigh era outra possibilidade da diretora;
- Holly Hunter aprendeu a tocar piano quando tinha nove anos e tocou sozinha a maioria das sequências de piano;
- Anna Paquim só assistiu o filme depois de adulta, nos anos 2000. Lembrando que ela é nascida no ano de 1982;
- Jane não foi receber a Palma de Ouro pessoalmente porque estava prestes a dar a luz;
- O nome de Flora (Anna Paquin) nunca é mencionado em todo o filme;
- Holly Hunter ganhou quatorze prêmios das quinze indicações que recebeu por seu papel neste filme;
- O diretor de fotografia, Stuart Dryburgh, foi o único homem a receber uma indicação ao Oscar por seu trabalho neste filme. Todas as outras sete indicações foram dadas a mulheres;
- Jane Campion se tornou a primeira mulher a ser indicada ao Oscar de Melhor Direção por dirigir um indicado a Melhor Filme;
- De acordo com Courtney Love, seu marido Kurt Cobain viu este filme com alguns amigos um dia antes de cometer suicídio, tornando muito provável que seja o último filme que ele viu;
- O filme é um sucesso de público e crítica: custou 7 milhões e faturou 140 milhões de dólares ao redor do mundo. E tem 90% de aprovação entre a crítica.
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