O mundo de The Last of Us Part II

No dia 03/06, o canal oficial da PlayStation divulgou um vídeo onde Neil Druckmann e sua equipe falam um pouco mais sobre o mundo fictício de The Last of Us Part II.

Neste post vou falar sobre os pontos que eles abordam no vídeo (que só está disponível em inglês e não tem legenda), para os fãs aqui do Brasil que também querem saber das novidades sobre o jogo.

Será assustador

O diretor do jogo começa dizendo que The Last of Us é um mundo perigoso. A não ser que você esteja vivendo em uma área protegida, há sempre algo letal em todos os lugares. Uma vez que você se aventura lá fora, está em perigo. E para onde eles levam Ellie e sua história, a cada passo ela se coloca em situações mais e mais perigosas para levar essas pessoas [que fizeram mal a ela] à “justiça”.

Por dentro do mundo


Kurt Margenau, co-diretor do jogo diz que com certeza é possível dizer que The Last of Us Part II é maior do que seu antecessor, tanto em escala quanto na quantidade de espaço “físico” que existe para ser explorado e onde você pode encontrar outras pessoas.

“Consegue ver uma ameaça vindo lá na frente?”

Halley Gross, responsável por liderar a narrativa do game, revelou que eles esperavam era fazer com que cada canto fosse um desafio, e que cada decisão a ser feita fosse difícil. Afirma que a equipe não fez isso apenas na gameplay, mas também em level design (a criação de level em jogos eletrônicos, campanhas e missões). Parte disso é criar experiência realmente desafiadora em um ambiente hostil, seja através do clima ou outras características naturais, como rios, penhascos desgastados pela erosão ou neve escorregadia.

Halley ainda afirmou que essas características também foram usadas considerando quão “cegos” os jogadores estão durante a gameplay, pensando no quanto eles podem ver e quão seguros eles se sentiriam.

“Você nunca sabe se as balas na sua arma serão suficientes. Não sabe se vai poder parar para se curar. Você nunca pode relaxar e respirar de verdade.”


Halley Gross , Narrative Lead na Naughty Dog

O objetivo é que os jogadores passem pela mesma experiência de Ellie, que nunca pode relaxar quando passa por essas experiências traumáticas.

Jackson: O lugar seguro

Eles queriam que Jackson parecesse como uma comunidade fechada que é focada na família, maneiras sustentáveis de viver. Eles têm o gerador da hidrelétrica que dá energia à cidade, o que não é algo que jogadores esperam ver nesse mundo, mas como estamos um pouco mais avançados no tempo [5 anos depois], eles queriam mostrar que há certas pessoas dedicadas a reconstruir uma vida que não gira em torno de matar pessoas e procurar por suprimentos, segundo o diretor de arte, Jackson Sweeney.

Enquanto andamos pela cidade, é possível ouvir crianças rindo, pessoas indo em restaurantes, e comendo. É uma cidade tranquila. Sabemos que há essas coisas horrível além das muralhas, mas eles conseguiram proteger a inocência daquele lugar.

O que Jackson representa

Anthony Newman, co-diretor, diz que – de certa maneira – Jackson representa o que os personagens têm a perder: uma vida de paz e até relativo conforto, onde você pode se apaixonar e crianças podem brincar. Quando estavam criando Jackson, perguntaram-se quantos desses momentos eles poderiam representar.

O que é incrível no mundo de The Last of Us é que ele mostra como são preciosas as coisas para as quais não damos muito valor na nossa vida, e como elas são realmente raras.

Seattle: uma zona de guerra

Comparada a Jackson, Seattle é muito diferente. É mais como uma zona de guerra. O interessante dessa parte do jogo é que há muita chuva, folhagem e vida selvagem. É uma área exuberante a qual seria um ótimo lugar para se instalar, se alguém quisesse, pois tem muitos recursos quando se trata do tipo de fruta que você pode encontrar, e dos animais que pode caçar.

E justamente por ser tão exuberante assim, e cheio de suprimentos, há múltiplas facções tentando lutar por isso.

Neil Druckmann afirma que uma das facções as quais os jogadores irão enfrentar é a Washington Liberation Front, e prossegue explicando como ela surgiu. Segundo ele, depois do surto os militares tomaram o controle de maneira drástica e colocaram em quarentena algumas partes do país (como vimos no primeiro jogo), e essa era a maneira deles de proteger a população que sobreviveu.

Porém, essa ação acarretou levantes de grupos de resistência. No primeiro jogo vimos os Vagalumes e também ouvimos sobre outros. Em The Last of Us Part II podemos ver Washington Liberation Front, uma facção que conseguiu derrotar o exército e pegar muito de seus equipamentos. Por isso eles são um grupo extremamente militar.

O grupo religioso

Ao mesmo tempo, teremos os Seraphites, um grupo religioso que também surgiu por conta do surto. Eles acreditam que a pandemia veio por causa do pecado e estão tentando recomeçar o mundo e retorná-lo para um lugar melhor do que antes.

Em The Last of Us quase todos os grupos que conseguiram sobreviver até agora, são perigosos. Se não forem, não irão sobreviver; vão se tornar a vítima de alguém. As duas facções que os jogadores encontrarão são muito perigosas. WLF tem muitos equipamentos militares que usam para defender sua área, e estão em grande número, enquanto os Seraphites são muito quietos e furtivos e usam a grande quantidade de folhagem a favor deles. Eles adotam uma tática de guerrilha.

O jogador vai lidar com cada um é diferente, pois eles têm uma linguagem e estilo de comunicação diferente (os Seraphites assobiam uns para os outros para informar posicionamento). Eles têm alguns dos equipamentos que Ellie carrega – ela tem um arco e flecha e eles também, além de grandes marretas e armas corpo-a-corpo.

Já o WLF tem cães treinados que vão sentir seu cheiro e atacar.

Cães: uma nova ameaça

Cães serão um novo nível de ameaça com os quais Ellie ainda não tinha lidado. A equipe espera que os animais façam com que escolhas sejam mais complicadas se serem feitas para o jogador. Neles está a oportunidade de desafiar a percepção das pessoas sobre abordagens de combate.

“Os cães têm nomes. São chamados por seus donos. Queríamos que todos as abordagens fossem desafiadoras.”


Halley Gross , Narrative Lead na Naughty Dog

Os infectados

Eles ainda são uma ameaça nesse mundo.

A Naughty Dog pegou as classes básicas de infectados que foram vistos no primeiro jogo e pensaram no que poderiam fazer de diferente. Então haverá cenário onde o número de Corredores será bem maior, algumas vezes teremos hordas inteiras caçando os jogadores. Pode ser que a abordagem a ser tomada seja simplesmente fugir porque eles estão em maior número.

“Essas criaturas continuam sofrendo mutações. Há certas evoluções que você não viu antes. Algumas classes novas.”

Neil Druckmann, Diretor

Uma das classes reveladas durante o vídeo foram os Trôpegos, que têm amontoados de pústulas cheias de ácido gasoso que queimam a pele e aguentam grandes quantidades de dano.

“É sobre como fazer o combate contra os infectados de maneira inteligente. É sobre estar em um lugar e escutar atentamente por uma deixa, porque classes diferentes farão sons diferentes. Se você decidir sair atirando, pode facilmente ser sobrecarregado e se arrepender da estratégia.”

Neil Druckmann, Diretor

Esse nível de incerteza e instabilidade é algo com que os personagens têm que lidar no dia a dia enquanto saem pelo mundo para proteger as pessoas que amam, e essa ameaça está batendo à porta todos os dias.

Nerd: Beatriz Napoli

Devoradora de livros, publicitária apaixonada, tem dois pés esquerdos e furtividade 0 para assaltar a geladeira de madrugada. Se apaixona por personagens fictícios com muita facilidade, mas não tem dinheiro para pagar o psiquiatra que obviamente precisa.

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