Filmes baseados nas histórias de Stephen King sempre geram expectativas, inclusive as minhas, já que o terror tem a capacidade única de nos fazer sentir vivos, seja pelo susto, pela tensão ou pelo mistério. Acaba de chegar aos cinemas a mais nova adaptação do Mestre do Terror, baseada em um de seus contos. Com direção de Osgood Perkins (mesmo do badalado Longlegs – Vínculo Mortal) e produção de James Wan (dos já clássicos Jogos Mortais e Invocação do Mal), O Macaco traz ótimos ingredientes para aquele verdadeiro Terrir, subgênero que combina a comédia com elementos amedrontadores.
A trama acompanha os irmãos gêmeos Bill e Hal, que são interpretados pelo Christian Convery (sim, o Sweet Tooth da série da Netflix) quando criança e pelo Theo James na fase adulta. Eles descobrem no sótão de seu desaparecido pai um antigo macaco de brinquedo e, a partir desse momento, uma série de mortes horripilantes e extremamente bizarras começa a ocorrer, levando-os a tentar se livrar deste objeto amaldiçoado.
Insanidade acredito que seria uma boa palavra para descrever O Macaco, há muitas mortes e muita violência gráfica, com litros e litros de sangue, em um estilo que me remeteu demais à série de filmes Premonição. Não são mortes imprevisíveis, a gente sabe que aquelas pessoas irão de arrasta pra cima, mas são engenhosas, exageradas e com um humor bem sombrio, o tal do Terrir. Aliás, não esperava que este filme fosse engraçado, chega a ser escrachado, com situações demasiadamente esdrúxulas, sem medo de ser ridículo. Há uma cena na piscina que creio ser impossível não rir, nem que seja de nervoso.
No entanto, não espere mais do que isso, é uma produção para entretenimento (mesmo que mórbido), não gera tensão, medo ou nojo, seu foco está mais na criatividade das mortes e no tom de comédia pastelão, e não em construir uma atmosfera verdadeiramente assustadora ou em desenvolver os personagens, muito menos o sobrenatural. Também não crie expectativas com grandes atuações, apesar das boas participações especiais da Tatiana Maslany (She-Hulk), do Adam Scott (Ruptura) e do Elijah Wood (O Senhor dos Anéis).
Esta produção não se tornará um clássico do terror, assim se você procura um filme que mexa com seus nervos, talvez O Macaco não seja a melhor escolha, mas, se gosta de uma boa dose de humor macabro aliado a mortes dramáticas e intensas, essa pode ser uma experiência divertida.
Vou deixar um PS hoje: Há uma “cena pós-créditos“, mas coloco entre aspas pois na verdade é um teaser do próximo longa do diretor Osgood Perkins, Keep, que também terá a Tatiana Maslany no elenco.
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