E aí, cambada!
O Guerreiro Pagão é o sétimo romance das Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell, lançado no Brasil recentemente. A história se passa no início do século X, em uma Inglaterra dividida e disputada entre invasores dinamarqueses e anglo-saxões. Para quem não conferiu, a NN Viola já falou um pouco sobre o autor aqui no Novo Nerd.
Pensamento aleatório número 1: por quê ‘The Pagan Lord’ virou ‘O Guerreiro Pagão’ em português? Uthred perdeu um rank na hierarquia aí em algum lugar quando chegava no Brasil. Se alguém souber explicar, fique à vontade.
[SPOILER ALERT!] Se você não leu os primeiros 6 livros da série, o texto a seguir poderá entregar partes do que acontece neles. Estão avisados! [/SPOILER ALERT]
Cerca de dez anos se passaram desde a morte de Alfredo (um personagem histórico, que mais tarde seria chamado de Alfredo, o Grande) e os dinamarqueses estão ansiosos para invadir as terras dos saxões e estabelecer o tão desejado Danelaw, que seria um reino dinamarquês em solo saxão/inglês. Nota histórica: É sério, isso quase aconteceu! A série retata exatamente período.
Desta vez, Uthred, o protagonista da história, está mais em desgraça com os saxões do que o normal. Sem o apoio de Alfredo e após perder a paciência e atacar um Abade, os cristãos viram-se contra ele e Eduardo (o atual rei e filho de Alfredo) distancia-se dele. Para piorar as coisas, Uthred é acusado pelos dinamarqueses por um crime que não cometeu. Acossado por todos os lados e tendo perdido parte de seus seguidores, Uthred decide arriscar o pouco que tem e parte para Bebbanburg, a antiga fortaleza que era de sua família e que agora está ocupada por seu traiçoeiro tio. Essa é uma das partes que mais me agradou no sétimo livro. Após 6 edições falando sobre Bebbanburg incessantemente, finalmente Uthred vai até lá e o desenrolar dos eventos na fortaleza é eletrizante.
O desenvolvimento do restante do livro é igualmente satisfatório e, é claro, envolve pelo menos um grande combate em larga escala tão característicos de Cornwell e que ninguém mais sabe escrever. Com este romance, Cornwell mais uma vez explora com grandiosidade este trecho obscuro da história e o faz através de personagens carismáticos, motivados por raiva, vingança, amor e honra.
Cada vez que leio um livro do Cornwell me lembro o quão empolgantes são seus romances. Poucos dias após tê-los comprado eu já terminei e fico querendo ler o próximo. Não é a toa que considero Cornwell como um dos meus autores favoritos de todos os tempos. Top 3 fácil. Portanto, deixo aqui a minha recomendação. Se você ainda não conhece a série Crônicas Saxônicas, aproveite: uma excelente história te aguarda!