Fala, galera! Tudo bem com vocês?
Você conhece a Mina de HQ? É uma iniciativa que busca incentivar e dar visibilidade às artistas que trabalham na área de quadrinhos, a qual ainda é muito dominava pelo sexo masculino.
A Gabriela Borges é a criadora do projeto, e começou com a ideia desde cedo, quando decidiu transformar em objeto de estudo de seu
mestrado a representação feminina e os discursos de gênero nas historietas Argentinas. Esse estudo acabou chamando a atenção quando ela voltou para o Brasil após terminar seu mestrado na Argentina, e assim, ela começou a ser chamada para participar de alguns eventos.
Com o boom do movimento feminista, as mulheres começaram a se juntar para lutar contra a falta de visibilidade no mercado e em eventos também. Então, aproveitando a oportunidade, acabou bolando o projeto Mina de HQ (que faz uma brincadeira com o termo usado para empoderar as mulheres, ao mesmo tempo em que gera uma associação com pedras preciosas e minas de ouro).
“Convidei a artista mineira Anna Mancini, a Manzanna, para criar a personagem e comecei a publicar nas redes sociais. Muito de vez em quando publico também personagens femininas feitas por homens, mas isso é raro, porque fui percebendo que esse é um espaço que mostra para quem quiser ver a quantidade enorme de mulheres que fazem quadrinhos, a variedade de estilos e temas abordados, e a qualidade desses trabalhos”
Para encontrar os trabalhos de tantas mulheres, a Gabriela contou com suas conexões feitas em encontros nos quais ela foi para apresentar seu estudo, como no Lady’s Comics e Ugra além de também usar o Instagram como ferramenta. Ela faz todo o trabalho da divulgação sozinha, postando a obra de uma artista diferente por dia, e não apenas do Brasil, mas também do mundo todo.
A Gabriela sonha em publicar uma coletânea com quadrinhos feitos apenas por mulheres, e por isso iniciou uma campanha no apoia.se, para poder fazer isso de forma independente. Então fica aí a dica se quiser ajudar 😉
“Apesar das editoras ainda não publicarem muitos trabalhos de quadrinistas, não é nada difícil encontrar mulheres que fazem HQs, é só ter interesse mesmo”.
Trabalhos como esse são iniciativas simples, que ajudam muito a aumentar a visibilidade e a relevância da presenças das mulheres no mercado de quadrinhos. Se quiser saber um pouco mais e ver o portfólio completo, visite a página do Facebook e deixe seu apoio =)