No universo expansivo dos filmes de super-heróis, a Sony decidiu nos apresentar a “Madame Teia”, trazendo Dakota Johnson como Cassandra Webb, uma paramédica em Manhattan dotada de clarividência. Na trama, Webb é forçada a lidar com revelações impactantes sobre seu passado, enquanto tece uma aliança improvável com três jovens destinadas a grandes futuros. A premissa, embora intrigante, prometia expandir ainda mais o universo Aranha com um toque sobrenatural e misterioso.
No entanto, vamos ser francos: “Madame Teia” é um daqueles filmes que nos faz questionar “quem pediu por isso?”. Entrando na cabine de imprensa com uma mistura de curiosidade e baixas expectativas, a experiência me fez pensar que talvez devesse ter prolongado minha ausência dos cinemas. Sem rodeios, parece que Dakota Johnson, após o sucesso de “50 Tons de Cinza“, encontrou-se em busca de oportunidades para, quem sabe, equilibrar as finanças. E, infelizmente, essa “oportunidade” veio na forma de um projeto questionável.
O antagonista, descrito com uma performance abaixo da crítica, destoa completamente do que se espera de um vilão marcante. Longe de ser o tipo de “horrível” que amamos odiar, ele é simplesmente… ruim. A atuação, a motivação do personagem, tudo soa forçado e inautêntico, como se estivéssemos assistindo a uma dublagem mal feita de si mesmo.
O roteiro é um labirinto de clichês e falhas narrativas, tentando em vão se apoiar no conceito de “Aranha” para trazer algum charme nostálgico de filmes de sessão da tarde. Porém, mesmo nessa categoria, “Madame Teia” falha em entregar algo memorável ou sequer divertido.
“Madame Teia” parece um resquício de uma era passada, uma obra que talvez encontrasse algum charme se lançada em 2003, mas que, em pleno século XXI, serve apenas como um lembrete de que nem todo projeto merece sair do papel. Em suma, é um filme que parece ter sido criado apenas para manter direitos de propriedade, com atores participando provavelmente com o intuito de pagar as contas.
Portanto, se você ainda não viu “Madame Teia“, considere isso uma dica: há melhores maneiras de gastar seu tempo e dinheiro. No vasto universo de filmes de heróis e vilões, infelizmente, este é um que poderíamos facilmente desviar nosso caminho para evitar.
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