- Título: Fiquei com seu número;
- Autor: Sophie Kinsella
- Tradutor: Eliane Fraga;
- Ano: 2011;
- Editora: Record.
Falar sobre comédias pode ser difícil, algumas são depreciativas, ofendem um determinado grupo de pessoas ou coisa parecida. Agora falar sobre comédia romântica e Sophie Kinsella nem tanto, após a leitura de dois dos seus livros de maior sucesso entendemos que a autora sabe o que está fazendo, que encontrou seu estilo e talento.
A jovem Poppy Wyatt está prestes a se casar com o homem perfeito e não podia estar mais feliz… Até que, numa bela tarde, ela não só perde o anel de noivado (que está na família do noivo há três gerações) como também seu celular. Mas ela acaba encontrando um telefone perdido no hotel em que está hospedada. Perfeito! Agora os funcionários podem ligar para ela quando encontrarem seu anel. Quem não gosta nada da história é o dono do celular, o executivo Sam Roxton, que não suporta a ideia de ter alguém bisbilhotando suas mensagens e sua vida pessoal. Mas, depois de alguns torpedos, Poppy e Sam acabam ficando cada vez mais próximos e ela percebe que a maior surpresa da sua vida ainda está por vir.
Poppy é uma garota bastante atrapalhada, o tipo que vive se metendo em confusões, e que quando acha que as coisas não podem piorar o universo mostra que ela está completamente equivocada. Afinal, ela perdeu seu anel de noivado, o celular, e passou o número de um celular encontrado no lixo para receber informações, as coisas não poderiam ser mais difíceis que isso, não é mesmo?
Todo o enredo é baseado nessa sequência de acontecimentos que ocorreram no dia em que a personagem perdeu seu anel, que por mais ínfimo que seja, é algo do nosso cotidiano, que poderia acontecer com qualquer pessoa (que estivesse noiva, ganhasse um anel de milhões e achasse um celular no lixo), nada categorizado como impossível, porque no fim das contas a vida pode nos surpreender algumas vezes.
A comédia está presente em todo o livro de uma forma sutil, ela não parece deslocada ou forçada, assim como o desenrolar do relacionamento de Poppy e Sam, o executivo a quem pertence o celular. Eles passam a se conhecer de uma forma mais intima com as mensagens trocadas, e ela através dos emails que tem recebido, voltados para a assistente dele. É algo digno de algumas dezenas de gargalhadas, o que em ambientes públicos pode significar umas centenas de olhares inquisitivos e censuradores.
É uma leitura leve e divertida, com capítulos curtos e uma gramática simples. Nada complexo e inovador, o que pode ser bom para passar o tempo em viagens longas e cansativas, ou até mesmo para descansar o psicológico quando chega o fim do semestre escolar. No entanto, é um gênero que provavelmente não vá agradar à todos os públicos, mas sim aqueles com uma preferência mais específica.
Mas deixo aqui a sugestão, é uma leitura bastante válida e que pode surpreender. Se você já leu esse ou outros livros da autora, deixe aqui nos comentários contando o que achou.
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