Meses de espera, mil trailers, músicas maravilhosas e cá estamos: temos finalmente Esquadrão Suicida em (quase) todas as salas de cinema do mundo, ou seja, é aquela época maravilhosa onde deveríamos estar nos abraçando porque mais um filme de quadrinhos foi realizado, mas não aconteceu. Em algum ponto perdemos o foco, o dia da confraternização mundial não veio, estamos de novo fazendo a mesma coisa que Batman v Superman.
De um lado, temos a crítica ‘’especializada’’ que não evita de descer seus maravilhosos 2/5 ou 5/10, e temos os amigos do lado azul da força, querendo fechar o Rotten Tomatoes, o site de crítica americana já famigerado em ‘dar’ notar baixas para os filmes da DC, o que acaba prejudicando a bilheteria americana que se importa bastante com críticos e em partes, a brasileira que segue no mesmo fluxo atualmente.
Não farei uma analise completa de Esquadrão Suicida, temos um ótimo vídeo do Carlos e o Schaeppi falando sobre o assunto aqui no canal do Novo Nerd, assim, cabe aqui minhas opiniões sobre o filme de uma forma extremamente reduzida e breve.
Esquadrão Suicida é um filme divertido. Ele te fornece o básico que é a ação, apesar do tom que muda rapidamente de algo animado logo em seu começo, caricato e extremamente divertido, para algo mais ‘’denso’’ com a típica palheta de cor dos filmes da DC, cinza e preto, o que quebra o clima do começo.
Ocorre uma falta de aproveitamento gigantesco de personagens, como Katana. Apesar de terem sido magnificamente bem adaptados, acabaram dando um foco quase exagerado na Arlequina e no Pistoleiro, além do Coringa medíocre do Jared Leto que mais parece um cafetão do que um psicopata, cuja motivação central é resgatar sua namoradinha.
Em resumo? É problemático, mas não é um filme intragável! Temos uma Viola Davis afiada no seu papel, uma Margot Robbie confortável fazendo uma maluca, além do velho carisma do Will Smith agindo, portanto, qual o problema de Esquadrão Suicida? Afinal, apontaram erros no tom, erro de continuidade, e de potencial desperdiçado, como se Guerra Civil tivesse cumprido com sua tarefa.
Mas seus problemas fundamentais moram em outro lugar começando num outro longa chamado Guardiões da Galáxia. Aquele mesmo que ninguém esperava nada e um dia depois, todo mundo estava caindo de amores pelo Baby Groot e cantando Hooked on a Feeling. De zero à dez num dia só e ainda mantém sua coroa de melhor filme da Marvel.
Mas a critica é incapaz de perceber que a magia de Guardiões foi ter chego de mansinho como quem não queria nada e o erro da DC foi vender (Suicide) como um Guardiões da Galáxia, e o da crítica o de ir com esse pensamento. Sendo agravado pelo seu antecessor Batman v Superman, com a mesma palheta e de cor já famigerada do universo DCEU, que foi pessimamente recepcionado pela crítica.
A Warner interpretou suas críticas de modo completamente equivocada, crendo que seu grande defeito foram a falta de piadas, o que é ridículo, afinal esse é o negócio da Marvel e sejamos francos, estamos cansados dessa receita de bolo, portanto, o diretor David Ayer foi obrigado a reescrever o roteiro em três semanas e refazer as filmagens, causando esse choque de mudanças. Além do próprio Jared Leto afirmando que muitas cenas dele foram cortadas, o que bate, afinal as primeiras fotos de gravação do filme, eram o Coringa espancando a Dr. Quinzel, um pouco antes de seu batismo nos produtos químicos.
Esquadrão Suicida não é um Guardiões da Galáxia: a equipe não opera igual, não temos nem sequer semelhanças entre personagens, o tom é outro. Enquanto a crítica não for capaz de fazer uma separação simples de que DC não é a Marvel (por mais que tente) e não deve ser comparada com ela de forma alguma, são universos, personagens e um ritmo completamente diferentes e dissonantes. Portanto, se achar o filme ruim, está no seu direito mas se não consegue compreender a diferença básica de universos, desista de ver filmes de herói.
E você, caro amigo dcnauta furioso com o Rotten Tomatoes, entenda algo que rege desde a antiguidade: não se mata o mensageiro só porque ele traz más notícias. O Rotten funciona como um apanhado de críticas, faz uma média das notas e simplesmente está repassando a mensagem, seja ela boa ou ruim, não se trata de nenhuma conspiração mirabolante para boicotar a Warner ou a DC. Ou que a Marvel está pagando os críticas, afinal ela teria que despejar uma boa grana pra fazer até a crítica brasileira não gostar, além dos americanos. Não seja egocêntrico amigo, o mundo não quer destruir a DC.
Por fim, só resta ao espectador regular aprender que não importa se a crítica diz algo, sua opinião ainda é mais importante, por mais que seu site favorito tenha dito que o tal filme é ruim (isso se aplica a Batman v Superman, X-Men Apocalypse e agora, Esquadrão Suicida).
Sua opinião é o que importa, ainda é o único capaz de dizer se algo é ruim ou bom, acima de tudo. Lembre-se que não existe só 8 ou 80, Não é assim que funciona cinema. Ainda é possível gostar de filmes ruins, ainda é possível achar um filme ‘’legalzinho’’.
Geoff Johns (a.k.a um dos maiores roteiristas e agora diretor da DC) já está encarregado, a partir de Mulher Maravilha, para conduzir esse universo, não que isso significa que ele vá ter autonomia como Kevin Feige tem na Marvel, todavia, já é suficiente para se ter mais fé de que alguns problemas dos filmes da DCEU não ocorra novamente.
Por fim, que venha Dr. Estranho, Star Wars Rogue One e todo o resto, sendo bom ou não, não importa, com toda a certeza eu vou ver todos no cinema, como deve ser feito.
Obs: Eu aposto com vocês, ó, aqui entre nós. Vai ter um Esquadrão Suicida Ultimate Edition, com certeza.