Enquanto Houver Amor tem alma independente com elenco de primeira

Enquanto Houver Amor é um drama de 2019 (mas lançado no Brasil em novembro de 2021), dirigido, escrito por William Nicholson (roteirista indicado ao Oscar por Terra das Sombras e Gladiador) e conta a história de um casal que está junto há 29 anos, Grace (Annette Bening) e Edward (Bill Nighy), que, apesar de alguns conflitos, mantém um casamento consolidado. Eles recebem a visita do filho Jamie (Josh O’ Connor, o príncipe Charles da série The Crown) todo final de semana, mas este equilíbrio é interrompido quando Edward revela que está apaixonado por outra mulher, uma mãe de um dos alunos, já que ele é professor.

Grace fica arrasada, demora a acreditar (e sua negação se confunde com as fases do luto), mas logo terá que recomeçar. O filho Jamie fica no meio do fogo cruzado, pois mantém uma relação boa com seus pais, mas não suporta mais os insultos de um contra outro.

O filme pode não ser marcante e muito menos brilhante. Provavelmente o espectador não vai se lembrar do que viu dias depois de ver este longa, mas não vai desgostar da obra e o filme é bastante competente na sua proposta. Não tem pretensões de premiações ou algo do tipo, mas pode ser descoberto pelo cinema independente ou pelos serviços de streaming, sobretudo pelos nomes envolvidos.

Annette Bening, atriz veterana, muito premiada e que está presente em até filme da Marvel, segura muito bem este filme, aqui ela faz uma mulher que se mostra segura e determinada, mas que esconde um sentimento e fragilidade que o filme vai mostrando, sobretudo na segunda metade.

Bill Nighy também é um veterano que faz um grande papel. Ele até nutre um sentimento e respeita sua Grace, mas sabe que o casamento não se sustenta mais, não tem mais sentido se arrastar e que nada impede de recomeçar.

Já Josh O’ Connor é um ator em ascensão e colhendo os louros do sucesso de seu personagem em The Crown. Seu Jamie é um jovem que ama seus pais, entende o lado de cada um, mas só quer que as coisas terminem bem.

Enquanto Houver Amor apresenta diálogos interessantes e amarrados. Há dois grandes méritos no roteiro de William, que são o envolvimento e empatia do público com o que vê em tela, além da imparcialidade em não apontar o dedo ou culpados.

É um filme que fala sobre relações humanas, recomeço, família e amor em qualquer idade.

Mas engana-se quem acha que, por se tratar de um filme de menor orçamento, a produção ruim ou algo do tipo. A direção de arte, com o lugar mais paradisíaco possível, contrasta com a melancolia dos personagens. Aliás, este sentimento é aprimorado com a cinematografia em tons de azul, presente na maior parte do longa.

Enquanto Houver Amor é um filme simples, singelo e que não vai demorar para fisgar o espectador. A empatia é imediata e você com certeza conhece alguém que já passou pelos dilemas do filme. Isso se não for com sua própria vida.

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Nerd: Raphael Brito

Não importa se o filme, série, game, livro e hq são clássicos ou lançamentos, o que importa é apreciá-los. Todas as formas de cultura são válidas e um eterno apaixonado pela cultura pop.

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