Tanto nas HQs quanto no filme, temos os grandes super-heróis, tal como o Capitão América, Homem de Ferro (muito superestimado), Thor, Hulk, Viúva Negra e o cara do fundo, que se atende por Gavião Arqueiro. Menosprezado, é dito como ‘’Um personagem dispensável’’ por não ter nenhum feito épico no currículo, porém, isto não o torna inútil ou sequer, dispensável, com uma vez já foi dito, não há maus personagens e sim, maus roteiristas.
Criado em 1964, por Stan Lee e Don Heck, Clinton F. Barton é um herói de segunda leva dos Vingadores, com um início de carreira conturbada. Sua habilidade com qualquer arma o torna um grande atirador (ele conseguiu matar um por um apenas arremessando as unhas como projéteis que arrancou a força da própria mão!) e um agente da SHIELD, treinado pelo Steve Rogers (considerado o melhor lutador da Marvel), sua aparição é quase sempre no fundo, dando apoio e sempre soltando algum trocadilho, porém, seu maior problema é estar dentro dos Vingadores e ninguém interessado em explorar ele. (Menos Matt Fraction).
Mesmo assim, com toda as desvantagens, uma habilidade natural de Clint é sobrevivência a situações extremas, como apresentado em Old Man Logan, um futuro alternativo aonde os vilões comandam o mundo, Barton é já um senhor de idade cego, porém, ao melhor estilo Demolidor, continua sendo o melhor arqueiro do mundo, se guiando apenas, pelo som, provando ter mais de um sentido aguçado além da visão ou Age of Ultron (arco dos quadrinhos, não o filme) que logo na primeira edição, resgata o (Superior) Homem-Aranha das mãos do Cabeça de Martelo e do Coruja e fugindo dos robôs de Ultron (detalhe, tudo isso, sozinho e sem apoio, ainda dando lição de moral no resto dos Vingadores sobreviventes).
Uma equipe composta por: Um super soldado; um gênio com armadura de bilhões de dólares; um deus nórdico; um monstro verde e uma super-espiã, é difícil um mero mortal munido de uma arma da era Paleolítica e sua precisão infalível, se destacar, porém, dá sim para se ter um destaque ao personagem, se colocar em algumas das seguintes áreas:
Urbano: Um herói de urbano à lá Arqueiro Verde (de Arrow) combatendo o crime com auxilio da SHIELD;
Vingadores Secretos: Sem essa de prender, se aplicar a ideia da X-Force, Clint seria um assassino a mando da SHIELD (sim, similar ao Soldado Invernal) para lidar com potências problemas globais;
Agente Solo: Mesmo principio do Soldado Invernal, um agente secreto, clichê de filmes de espionagem (eliminando terrorristas).
Alguma dessas soluções, só se aplicam aos quadrinhos, já que o espaço urbano da Marvel se restringe ao Homem-Aranha (infelizmente, ou felizmente, nas mãos da Sony) e ainda assim, o Gavião nem sequer faz aparição no novo filme do Thor ou do Capitão.
Mas, após o Capitain America: The Winter Soldier, a Marvel poderia ter fazer um curta (talvez com o Falcão e até, com o Soldado Invernal) do Gavião atuando como agente da SHIELD, com o melhor do universo Ultimate, ou melhor, colocar na série (Péssima e extremamente fraca, fugindo do foco que deveria ter ao Coulson) Agents of SHIELD e tem a possibilidade mais remota possível, que é um filme solo inspirado no Blindspot, aonde confronta seu irmão mais velho, Trickshot.
Se mantermos a linha do ‘’Que já temos’’, o que ele fez em todo o filme dos Avengers? (PS: A questão do ator não entra em discussão) Simplesmente ‘’nada’’, além de saber quase (ele é um agente nível 9) todos os segredos da SHIELD e comandando mercenários, quase derrubou o porta-aviões, expondo seu nível táctico ao comandar, assim, podemos considerar como um estrategista.
Clint Barton não é um personagem ruim e/ou inútil, apenas mal utilizado e mal explorado, e assim como Fraction mostrou, é sim possível torná-lo um personagem interessante e rico em detalhes, bastando aos roteiristas (tanto de HQ, quanto de cinema) e aos Irmãos Russo, boa vontade e ver seu potencial.
