Elder Sign | Nerd Review

E aí, cambada!

O que acontece quando se junta H.P. Lovecraft a um jogo de dados cooperativo? Isto:

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Elder Sign é um jogo de dados cooperativo, onde os jogadores assumem os papéis de investigadores nos anos 20 que tentam desvendar e enfrentar os mistérios de uma invasão de criaturas de outras realidades que tentam despertar um ser ancião. O jogo se passa em um museu onde estas estranhas criaturas estão aparecendo e os jogadores devem juntos enfrentar diversos desafios para coletar os símbolos antigos (os elder signs, do título do jogo) que impedem que o ser ancião desperte.

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Durante a partida, os jogadores usam dados especiais sempre que tentam resolver um desafio. Para tanto, o jogador pega os dados básicos dos testes e depois acrescenta dados positivos caso decida usar algum item ou arma de seu inventário. Cada tarefa requer uma quantidade de símbolos que devem ser rolados de uma vez só. Caso o jogador não consiga o resultado desejado, ele descarta um dado do conjunto e tenta novamente – ou seja, vai ficando cada vez mais difícil…

É a interação dessa premissa básica com os elementos do jogo que trazem diversão (e drama!) ao jogo. Você pode focar um dado ou usar feitiços e jogadores aliados que estejam no mesmo desafio para ‘guardar’ dados que você quer manter entre rolagens, por exemplo. Alguns monstros irão ‘travar’ dados especiais quando entram em jogo, enquanto outros vão danificar todos os investigadores de tempos em tempos e assim por diante.

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O sistema de dados para resolução de tarefas criam uma experiência de jogo cheia de expectativa e drama, pois embora o jogo ofereça algum controle para os jogadores, a emoção de rolar os dados e tentar obter os resultados é contagiante. Pode se jogar de 2 a 8 jogadores, e essa grande flexibilidade o faz ser trazido à mesa com frequência. Some isso ao tempo curto de partida (cerca de 1 hora) e você tem uma boa opção em mãos.

Porém, nem tudo é perfeito em Elder Sign. O principal problema do jogo é a facilidade em vencê-lo — e esse é um grande problema. Dos Anciões da caixa base, apenas 2 apresentam um grau de dificuldade razoável (Hastur e Shub-Niggurath), portanto uma boa experiência limita-se a enfrentar um dos dois, e mesmo com um dos dois, é provável que o grupo vença a partida. O problema de ter um cooperativo onde se ganha mais do que se perde é a rejogabilidade, pois o grupo rapidamente vai ter a sensação de que já superou o desafio imposto pelo jogo. Por esse motivo, Ghost Stories (um outro jogo de dados cooperativo) acaba sendo mais jogado do que Elder Sign. Por outro lado, a editora lançou a expansão Elder Sign: Unseen Forces que supostamente ajusta os níveis de dificuldade. Ainda não testei a expansão, mas farei um report quando tiver a oportunidade.

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No geral, Elder Sign é um bom jogo cooperativo. Rápido, dramático e altamente temático, ele oferece uma experiência divertida para o grupo. Sugiro jogá-lo sempre com os anciões mais difíceis e a diversão é garantida.

Por fim, deixo aqui um (excelente) vídeo de gameplay pelo pessoal do Tabletop:

Cheers!

Nerd: Guilherme Goulart

Paladino Lolful Good de Ordem Batista, Game Designer, Traça de Livros, AD Carry, GURPS Enthusiast, Colecionador de Jogos de Tabuleiro, Headbanger, Fanboy da Marvel e Pai de um Novo Nerd.

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