Primeiramente, me desculpem, mas a melhor forma de falar de clickbait é se utilizando de um, não é mesmo?
Quem nunca se pegou navegando pelas suas redes e se deparou com títulos revolucionários, prometendo respostas mirabolantes ou furos de reportagem, como essas: “PERSONAGEM MISTERIOSO RETORNA PARA A SÉRIE DE FORMA INCREDITÁVEL“, “CAPITÃO AMÉRICA TEM ATITUDE INCRÍVEL EM ÚLTIMO TRAILER, VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR”, “5 VEZES EM QUE TONY STARK FOI EGOCÊNTRICO, VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR NA 3” dentre, várias outros títulos altamente apelativos que permeiam as redes. Mas além do título com uma carga altamente sensacionalista (que lembram muito certos programas policiais, de certos apresentadores que apareceram recentemente em certos quadrinhos), o que realmente nos deixa frustrados, irritados e profundamente decepcionados com o site, página ou canal que se utiliza deste meio é que geralmente a chamada não condiz com o conteúdo. O personagem misterioso nem é tão misterioso assim, a atitude do Capitão
O “clickbait” – isca de clique – nada mais é do que a evolução natural daquele título ou chamada bem sensacionalista que antes tínhamos (em grande parte) na TV, rádio, jornais e revistas, é o sensacionalismo da internê. Para se destacar em meio ao mar de informações pasteurizadas, adotam uma postura mais apelativa trabalhando apenas com a curiosidade ou outros sentidos das pessoas (dispensando totalmente se o conteúdo é relevante ou não).
E não pensem que esta prática se resume apenas ao título, como aqueles outros meios citados se utilizavam de capas chamativas, elementos visuais dúbios ou apelativos, na internet não fica diferente, thumbs de vídeos com personagens sexualizados, textos em caixa alta e sempre MUITO abertos a diversas interpretações são alguns “sinais” dessa prática.
POR QUÊ “BAITAR”?
Todos os dias somos inundados de informações, pense você aí com seus botões, quantos por quantos canais você ficou sabendo do lançamento do trailer de “Thor – Ragnarok” ? Somos muitos disputando sua atenção, e por conta disso, alguns resolvem te “seduzir” pela forma mais rápida, pela curiosidade. Vai dizer que você não fica ao menos tentado em clicar num link onde na imagem você vê seu personagem preferido que já morreu a tempos e a seguinte legenda “PERSONAGEM IMPORTANTE VOLTA DOS MORTOS”. É praticamente impossível segurar a emoção e não clicar, sacanagem né, pô! Mas o porquê de fazer tal crueldade? Muitos sites tem anúncios, que pagam para estar naquele site, e o que define a quantidade de anúncios ou o valor deles? Isso mesmo, a quantidade de pessoas que transita no site, o que para eles é traduzido em “cliques” (não é tããão simples assim, mas em síntese é isso) ! Visando diminuir esta prática o Facebook tenta combater este tipo de pratica analisando o tempo que você passa na publicação – após abrir – e cruzando a quantidade de cliques, curtidas e compartilhamentos da postagem.
COMO NÃO SER “BAITADO”?
É UMA CILADA BINO! O meme nunca foi tão certeiro, bem como aquele velho ditado “esmola demais o santo desconfia”. Como não há fórmula mágica para fugir dessas matérias enganosas, também não há fórmula mágica para nada nessa vida, acreditem, nem na internet! Então a primeira magia que você deve preparar no seu “tomo” anti bait é a desconfiança, desconfie de tudo (o que na real, serve para tudo na internet). Títulos prometendo o mundo, respostas milagrosas ou imagens apelativas são sempre boas dicas de que a chamada não vai de acordo com o conteúdo.
Apesar dos pesares, a internet ainda consegue unir as pessoas, criando um movimento de “inteligência coletiva”, e você pode se usar disso como um escudo. Estando nas suas redes sociais, leia alguns comentários antes de abrir a matéria, veja o que as pessoas dizem acerca daquilo e tire uma média, isso já me poupou diversas vezes de abrir um conteúdo irrelevante.
A diversidade é a palavra de ordem nas redes, mesmo com muitos sites parecidos (pense em quantos “nerds” você segue), é sempre bom ter uma base de confiança, talvez 3 fontes em que você sabe que não irão utilizar esse tipo de técnica – não gratuitamente – mas ter fontes confiáveis é a chave para não ser mais um peixe fisgado pela morte anual do Jackie Chan ou do Stan Lee!
Infelizmente a técnica apesar de ser um pouco desleal e “suja”, ela traz resultados a curto prazo, em detrimento da integridade e credibilidade da página. Esperamos ter ajudado a não cair nessas “traps” que não estão presentes apenas na internet, mas sim em todos os lugares. E fiquem tranquilos que o título só foi utilizado para fins de exemplo e não aparecerão mais por aqui!
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