Borderlands, adaptação cinematográfica da famosa franquia de jogos busca transportar a ação irreverente e a fantasia vibrante dos games para a telona, mas será que consegue capturar a essência que conquistou os fãs?
A franquia Borderlands começou com o jogo “Borderlands” (2009), seguido por “Borderlands 2” (2012) e o jogo mobile “Borderlands Legends” (2012), que foi lançado simultaneamente ao segundo título. Em 2013, tivemos o spinoff “Borderlands 2: Tiny Tina’s Assault on Dragon Keep,” focado na carismática Tiny Tina. Em 2014, veio “Borderlands: The Pre-Sequel,” explorando eventos entre os dois primeiros jogos, e “Tales from the Borderlands.” A sequência “Borderlands 3” (2019) trouxe o aguardado terceiro capítulo, e em 2022, tivemos os lançamentos “Tiny Tina’s Wonderlands” e “New Tales from the Borderlands.”
Atualmente, os gêneros de ficção científica e fantasia ambientados em cenários pós-apocalípticos estão em alta, como evidenciado por sucessos como “Mad Max” e “Fallout.” “Borderlands” se insere nesse contexto, aproveitando o momento favorável para o gênero nas telonas.
No entanto, o filme apresenta uma abordagem que pode ser descrita como uma tentativa genérica de emular o charme dos “Guardiões da Galáxia.” A trama se revela rasa e previsível, com elementos que podem ser facilmente desvendados pelo público em poucos minutos. O filme busca capturar o espírito do jogo, mas, na prática, não consegue manter a atenção do espectador e falha em criar um envolvimento real.
Apesar de seu cenário futurista e pós-apocalíptico, onde a humanidade se expandiu pelo espaço e descobriu o planeta Pandora, o filme não aproveita plenamente o potencial do universo criado. Pandora é apresentado como um local repleto de mistérios e promessas de riquezas, mas a jornada dos personagens é marcada por uma série de clichês e situações que não conseguem prender o interesse. O robô Claptrap, interpretado por Jack Black, se destaca como a principal fonte de alívio cômico, proporcionando algumas risadas. No entanto, os outros personagens, como Tannis, têm momentos divertidos, mas em menor escala. A construção dos personagens parece desigual, com alguns momentos de descontração mais esporádicos.
Visualmente, o filme apresenta efeitos que são característicos do universo dos jogos, com uma recriação fiel, mas alguns efeitos não conseguem impressionar completamente. A trilha sonora segue o padrão esperado, equilibrando bem as cenas de ação, os momentos mais calmos e as sequências engraçadas, embora o resultado não traga nada de inovador.
As atuações são geralmente satisfatórias, com alguns desempenhos mais marcantes que outros, mas nada que comprometa a integridade do filme. “Borderlands” entrega o que promete em termos de ação e ficção científica, mas não se destaca como uma obra memorável no gênero.
“Borderlands” oferece uma experiência cinematográfica que pode agradar aos fãs da franquia e dos gêneros explorados, mas não deixa uma impressão duradoura. O filme se mantém em um território confortável, sem ousar ou se destacar significativamente, resultando em um entretenimento que é, na melhor das hipóteses, satisfatório.
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