Fala Khalasar, beleza?
Gostou do trailer do jogo aí de cima? E se eu disser que ele tem “só” 16 anos?
Poucos jogos realmente marcaram a minha infância / adolescência. Não porque houvessem poucos jogos, mas porque comparado a outras pessoas, eu joguei poucos. Tudo porque quando eu jogava algo e gostava, só parava de jogar aquele título quando conhecia um novo jogo tão viciante quanto.
Em 1998, um grande amigo meu (talvez a pessoa que mais me influenciou na vida até hoje) me falou sobre um jogo de investigação de assassinatos durante a Segunda Guerra Mundial. Como eu sempre gostei de história (e de guerras) bem como programas sobre assassinatos (sou viciado no canal ID, principalmente sobre Serial Killers) me interessei na hora.
O tal jogo chama-se Black Dahlia e foi inspirado em um caso de assassinato real que aconteceu em Cleveland. O corpo de Elizabeth Short foi encontrado em pedaços e o caso nunca foi solucionado e ela passou a ser conhecida como a Dahlia Negra, daí o nome do jogo “Black Dahlia”.
Isso foi algo que me chamou muito atenção. Gosto muito de filmes, séries ou jogos que são baseados em casos reais, principalmente os não solucionados, pois deixam uma certa liberdade para que os roteiristas possam criam histórias incríveis. E Black Dahlia dá realmente um show nisso! É genial a maneira que você inicia o jogo achando que irá “apenas” solucionar crimes e quando menos percebe está envolvido em algo muito maior do que isso, algo que coloca o mundo em risco.
Você é Jim Pearson, o mais novo detetive do COI. Aliás, é o seu primeiro dia e o seu primeiro caso. E o caso é justamente o assassinato de Elizabeth Shorts pelo criminoso conhecido como “Assassino do Torso“. O antigo investigador do caso está internado e não pode dar muitas pistas sobre o assunto.
Com o desenrolar da história, Jim começa a descobrir que os assassinatos parecem ser o menor dos problemas. Logo ele descobre conexões entre o “Assassino do Torso” e a sociedade (alemã) secreta de Thule, que está diretamente vinculado ao Nazismo e muitos outros planos.
O jogo é repleto de puzzles geniais que são essenciais para a resolução dos casos. E prepare-se, pois você jogará por “anos” com Jim e irá se frustrar como ele. Isso é algo que realmente faz o jogo vale a pena. Se você jogou “Heavy Rain” e gostou, irá amar Black Dahlia (sem comprar jogabilidade claro, pois BD é apenas para PC). Tudo bem que DB não tem 25 finais diferentes como HR, mas dizem que existem 3 possíveis. Eu só consegui 2 até hoje.
Eu gosto tanto, mas tanto deste jogo que tenho que me segurar para não dar detalhes sobre a trama! Além de com certeza estar em os top 3 tramas ever, ele foi inovador para sua época. A Take-Two Interactive filmou todo o jogo com atores reais, utilizando cenários virtuais que retratam em detalhes os anos 40. Lembre-se que o ano do lançamento era 1998, muito longe dos processadores que temos hoje. E conseguiram o milagre de colocar o jogo em apenas 8 CDs (sim, apenas! De novo, é 1998!). Além de tudo, o jogo conta com atores famosos, como Dennis Hopper (Walter Pensky, o antecessor de Jim), Teri Garr (Madame Cassandra) e David Whalen.
Um outro detalhe que eu adorava na época (já que eu era iniciante no inglês), era que o jogo foi todo dublado (e muito bem dublado diga-se de passagem) e tudo dentro dele traduzido.
Você amante de jogos investigativos, puzzles e ação, PRECISA jogar Black Dahlia!
Eu já encontrei os meus CDs e com certeza vou jogar novamente.
