A BGS 2024 marca uma nova era para um evento que evolui ao longo de 15 anos. A Brasil Game Show é um evento que ocorre desde 2009 na cidade de São Paulo e não é exagero dizer que o mundo não é mais o mesmo da época, nem mesmo o mundo dos games, da tecnologia e dos eventos.
Afinal, no fim da década de 2000, os smartphones não eram acessíveis, a rede social dominante era o Orkut, a palavra “streaming” não existia e até a TV aberta vivia dias melhores do que hoje. Os consoles vigentes eram o Playstation 3, Xbox 360 e Nintendo Wii, sendo este último, o mais vendido da geração com mais de 100 milhões de vendas, isso sem contar os portáteis PSP e Nintendo DS, que faziam a alegria do nosso coração gamer.
Já o universo dos eventos teve um “banho de loja” cultural na última década aqui no Brasil, sobretudo após a primeira edição da Comic Con Experience, ou CCXP, que mudou a forma de como o brasileiro enxerga um grande evento, trazendo grandes nomes da indústria e que muitos defendem que a Comic Con brasileira seja melhor do que a de San Diego, sem contar os festivais de música e os vários eventos de diversos nichos.
E até mesmos os eventos de games tiveram mudanças com o passar dos anos. A E3, que um dia já foi O grande momento dos gamers do mundo inteiro, viu sua importância ser diminuída até deixar de existir após a pandemia e mesmo em terras brasileiras, os eventos de games – e de cultura pop – se expandiram e a maioria das grandes cidades tem um evento para chamar de seu.
Mas, neste cenário tão competitivo em que a disputa agora é pelo tempo de cada um de nós, como fica a BGS?
A boa notícia, considerando as últimas edições, em especial a de 2024, é que a BGS vai se adaptando às mudanças do mercado e mesmo tendo mantido a essência, ir em qualquer edição é uma experiência diferente para o público e a imprensa.
De fato, os jogos de consoles ainda estão lá fazendo muito sucesso entre os jogadores, mas entre as gigantes do mercado, só a Nintendo tem um estande próprio. As outras empresas, Sony e Microsoft, têm seus consoles e jogos espalhados pelo evento, mas em outros estandes sem o foco em um único console.
Já os portáteis perderam espaço pela praticidade dos smartphones, e em diversos locais do evento, era possível o jogador apreciar um bom jogo mobile (muitos não perdem nada para os jogos de console) e que embora tenham muitos games para celular que se tornaram famosos, é um vasto mercado para os jogos indies, que também é uma área que cresceu muito nos últimos anos, a BGS enxergou o potencial dos games independentes e possui uma área excelente para os produtores de menor orçamento.
Mas não se pode falar em mudança no mercado dos games sem citar a febre dos e-sports, que furou a bolha, muitos consideram maior do que a própria indústria dos consoles, já foi assunto até na TV aberta e alavancou todo um mercado de influencers e gameplays nas plataformas de vídeo.
A BGS é um evento amplo, que tem espaço para todos os gostos, de todos os gêneros e até mesmo para quem não tem o hábito de jogar. E outra: não importa qual o meio, seja no console, no PC, no celular, tablet ou no portátil, o que importa é estar jogando e se divertir.
E os organizadores da BGS entenderam muito bem isso ao longo de 15 anos.
Quais serão as mudanças para os próximos anos?
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