Em 2022, a Brasil Game Show, ou simplesmente, a BGS, voltou a ser presencial, após 2 anos sem evento por conta da pandemia da COVID-19. Mas graças ao esforça da ciência, do sucesso das vacinas e da adesão da população, este ano vemos a volta da sensação da normalidade, ao menos no comportamento da maioria das pessoas.
A máscara deixou de ser obrigatória até no transporte público e no caso dos eventos, a BGS não foi o único que voltou com força em 2022: este ano já tivemos o Carnaval, Virada Cultural, Lollapalooza, o Rock in Rio, Anime Friends, Jedicon, Bienal do Livro e em dezembro, teremos a Comic Con Experience, ou CCXP.
Todos esses eventos foram um sucesso de público, de repercussão e mesmo com o mérito dos organizadores ou dos eventos em si, o que mais dá para perceber é o sentimento do povo em voltar a rever os amigos, a interagir, abraçar, conversar olhando nos olhos e não em uma tela de computador ou celular.
E no caso da BGS, ainda existe a experiência social de jogar videogame com seu amigo, seu colega ao lado ou mesmo participar daquele torneio que movimenta boa parte do evento, sem contar você pode conhecer mais sobre a indústria simplesmente interagindo com alguém na fila de algum estande. E por mais que existam excelentes veículos que cobrem as novidades sobre o mundo dos games, conhecer sobre esse universo pessoalmente é algo sem igual.
Ao longo desses dois anos de pandemia, vimos vários desses eventos serem apresentados de forma virtual, assim como as famigeradas lives de artistas e de shows. Foi a saída para que muita gente continuasse trabalhando e que o povo tivesse um mínimo de entretenimento contra as péssimas notícias que recebíamos.
Mas a pandemia durou mais tempo do que todos nós planejamos, o público foi cansando de consumir seu conteúdo virtual e contamos os dias para a volta dos eventos presenciais.
O Brasil não vive os seus melhores dias, mas a volta de tudo é uma luz no fim do túnel para muitos, pois o retorno do presencial é benéfico para todos: para a economia, saúde mental, a comunicação (muitos perderam o contato olho a olho) e até para o desenvolvimento das crianças (podemos incluir nisso a volta às aulas também).
Os eventos presenciais voltaram para ficar e a nossa torcida é para que esses e outros eventos permaneçam com muita adesão do público, da mídia e que tenham saldo positivo, seja econômico ou social.
Mas há dois pontos a serem considerados que não devem ser descartados: 2022 é um ano atípico e a maior parte dos eventos está sendo pautada na volta e saudade do público, mas precisam se renovar para os próximos anos para não correrem o risco de caírem na mesmice e diminuir a adesão.
E tem mais: mesmo com a volta do presencial, o formato virtual não deve ser ignorado, muito pelo contrário, pois em um país continental e com muitas crises como o Brasil, nem todos têm tempo ou recursos de estar em um evento pessoalmente. Por isso, o dito formato híbrido deve ser considerado pelos organizadores, sobretudo com a exibição de painéis (no caso da CCXP), gameplays (no caso da BGS), entrevistas (Bienal do Livro e Jedicon) ou de shows, como no Carnaval e eventos de música.
Afinal, quanto mais gente tiver acesso ao seu conteúdo, mais ele é divulgado, apreciado e compartilhado. Se a pessoa realmente gostar do trabalho do produtor e futuramente puder estar pessoalmente, nada impede de ela estar no chão da feira nos anos seguintes, sem contar que em um mundo tão plural e conectado como o nosso, restringir seu conteúdo a pouca gente pode não ser bom, salvo em situação de exclusividade, como algum painel na CCXP ou lançamento na BGS, por exemplo.
Os eventos presenciais são mais do que necessários por diversos motivos, mas os virtuais também garantem mais acessibilidade. Ambos podem conversar entre si em um mundo onde todos ganham: o público, o produtor e a indústria como um todo.
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