Olá nerdaiada! Após muitos meses de ausência eu volto a postar, e sobre um cara que merecia um post faz tempo.
Bernard Cornwell é um escritor britânico apaixonado pela história e pela fantasia, e quem disse que esses mundos precisam viver separados? Cornwell faz a perfeita junção de conhecimento histórico e ficção/fantasia. Nos seus livros ele sempre traz no prólogo uma base em fatos históricos, descobertas arqueológicas recentes, locais reais, pessoas reais e também indica o que foi simplesmente inventado para o prazer de temperar uma história rica e cheia de magia que é a história britânica.
A minha primeira experiência Cornwellística foi “Crônicas do Rei Arthur“, eu, uma apaixonada pelo tema já li milhões de versões dessa história, desde livros e documentários da BBC até a versão da Marion Zimmer Bradley, “As Brumas de Avalon” e gostei bastante da visão do Cornwell. Ele coloca algo bem cru numa lenda que tem tanto misticismo que poderia virar uma religião (deve ter uma igreja de Merlin em algum lugar…), cru eu digo como algo real, palpável e sujo, com sangue, suor e lama em cada cena de luta. Aliás, as descrições das batalhas são tão perfeitas que eu imagino perfeitamente o que está acontecendo, a chuva castigando o pasto antes da batalha, o cheiro de hidromel no meu oponente, a espada que com o frio se prende à bainha como se não quisesse participar da matança, a bota que aperta bem no meu dedo mindinho quando viajo de cavalo pelos reinos da Britânia. Tudo em Cornwell é detalhe, é como se ele tivesse entrado no Animus e entrasse nas memórias de seu ancestral antigo Derfel Cadarn, que vivencia a história tão fresca que acreditamos que está acontecendo agora.
Trilogia crônicas do Rei Arthur
A experiência número 2 foi bem parecida com a primeira já que parte da mesma lenda. A trilogia “A busca do Graal” conta a história da guerra dos 100 anos e de uma arma que mudou a maneira de lutar dos britânicos que se tornaram o exército mais poderoso da Europa: o arco e flecha. Essa trilogia conta a saga de Thomas de Hookton, um filho de padre que tem que se salvar e recuperar uma relíquia da sua paróquia, nada mais nada menos do que a Espada de São Jorge. Te falar que fiquei morrendo de vontade de aprender arco e flecha depois dessa trilogia mesmo antes de Katniss.
Trilogia a busca do Graal
Minha última e ainda não completa experiência é com as “Crônicas Saxônicas“, aí Cornwell vai às raízes da unificação da ilha, antes de se tornar um reino só. Vikings dinamarqueses, saxões, bretões, piratas, bárbaros… aqui Cornwell volta ao Animus como Uthred Ragnarson, um garoto da Nortúmbia capturado e criado pelos dinamarqueses que acaba ajudando o rei Alfredo (mais tarde Alfredo – o Grande) a unificar o seu reino e formar a Inglaterra como a conhecemos. A BBC comprou os direitos para fazer uma série das Crônicas Saxônicas, veja nesse link.
Série crônicas saxônicas
As guerras políticas e as batalhas contadas em detalhe realmente me levam a outra era e com mais vontade ainda de ler a história segundo Cornwell, as capas brasileiras dão um banho de beleza e “fodidez” em qualquer outra versão. Próximo da lista, “As aventuras de Sharpe” que também tem uma série estrelando Ned, ahm, Sean Bean. Me contem se leram algo dele, e se não leram, mergulhem no mundo real & mágico de Bernard Cornwell. Beijos, Viola Cornwell
