Beleza Fatal é uma novela brasileira no streaming Max, estreia dia 27 de janeiro de 2025 e após vários adiamentos, o público finalmente vai poder conferir.
Serão 40 capítulos no total, sendo que o Max irá lançar 5 capítulos por semana e mesmo não sendo a primeira novela brasileira a ser produzida por um serviço de streaming – a Globoplay já lançou Verdades Secretas 2 e Todas as Flores, mas é a primeira fora do grupo Globo, sendo assim, uma proposta diferente de se enxergar a teledramaturgia como o público brasileiro acompanha há décadas.
A novela é dirigida por Maria de Medicis, criada e escrita por Raphael Montes, conhecido na literatura, famoso pela série Bom Dia Verônica e pelos filmes da Suzane Von Richthofen no Prime Video, mas também com a colaboração de Mariana Torres, Victor Atherino, Rafael Souza-Ribeiro e Luiza Yabrudi.
Com o título original de Segundas Intenções (em referência ao filme de 1999), Beleza Fatal é uma trama de gato e rato que conta a história de Sofia (Melissa Sampaio), que mora com sua mãe, Cléo (Vanessa Giácomo), mas logo nos primeiros minutos de exibição, sua casa pega fogo e elas vão morar de favor na casa da gananciosa Lola (Camila Pitanga, ótima no papel).
Mas uma série de tragédias do destino faz com que Cléo seja presa e morta injustamente, Sofia é acolhida por Elvira Paixão (Giovanna Antonelli), que também viu sua filha de 18 anos morrer na mesa de cirurgia plástica feita pelo dr. Rog (Marcelo Serrado) e Benjamin Argento (Caio Blat). Sofia cresce, agora é uma adulta e vivida pela atriz Camila Queiroz, traça o plano de vingança contra Lola e todos à sua volta.
Histórias de vingança não são novidades na teledramaturgia e já foi contada diversas vezes, como em Avenida Brasil, O Outro Lado do Paraíso, Todas as Flores entre outras. Beleza Fatal não inventa a roda, a diferença é em como a trama é abordada, seja na condução da trama e subtrama, lembrando que se trata de uma novela.
Logo nos primeiros minutos, o público nota algo de diferente das tramas tradicionais, mas sem causar estranhamento. É uma história ousada, com diálogos mais atuais, até com momentos mais adultos.
E o melhor: Beleza Fatal não tem vergonha de ser uma novela. Há referências de outras histórias conhecidas e do que o próprio Raphael Montes já escrevera no passado, mas feita para instigar o público para saber o próximo passo.
A presença de Raphael escrevendo foi um acerto, justamente para trazer a nova geração de escritores e dar um frescor ao que conhecemos hoje, mas a supervisão de Silvio de Abreu (autor de sucessos como A Próxima Vítima, Rainha da Sucata, Torre de Babel, entre outras) também foi fundamental, já que é uma pessoa que conhece a teledramaturgia como poucos, tem décadas de experiência, tendo uma relação com Raphael quase que de professor e pupilo.
Isso sem contar no seu maravilhoso elenco, totalmente afiado e propositalmente exagerado, sobretudo a personagem Lola, da Camila Pitanga e que lembra das vilãs clássicas que o público acompanha há anos.
Beleza Fatal pode inspirar outros autores – e serviços de streaming – a produzir tramas melhores e mais inventivas. Sejam filmes, séries e até novelas, tem espaço para todos e quem ganha é o público.
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