Está chegando aos cinemas Bailarina, o aguardado spin-off da franquia John Wick, que se passa entre o terceiro e o quarto filme. Agora, o foco está em uma nova protagonista: a impiedosa assassina Rooney, vivida por Ana de Armas — e se tem algo que ela entrega, é impacto: é um spin-off intenso que mantém a essência de John Wick.
Em Bailarina, revisitamos a academia de balé comandada pela enigmática Diretora (vivida por Anjelica Huston), uma fachada para o treinamento brutal de mercenários de elite. Rooney busca vingança no submundo implacável que já conhecemos. O filme conta ainda com participações especiais de Keanu Reeves (John Wick), Ian McShane (Winston), Lance Reddick (Charon) e Norman Reedus, expandindo o universo de John Wick com estilo e brutalidade.
Mais um passo certeiro na mitologia Wick
Após a minissérie The Continental, que explorou a origem do icônico hotel dos assassinos, a franquia aposta agora no cinema com uma história derivada mais direta. Bailarina acerta ao preservar a alma da franquia: ação estilizada, combates brutais e um mundo com suas próprias regras.
Assim como os filmes principais, o roteiro aqui é simples e direto. E isso não é um problema. A trama não tenta reinventar a roda — e nem precisa. A força do filme está nas coreografias, na fisicalidade da protagonista e na estilização extrema da violência.
Ana de Armas: carisma, entrega e intensidade
Ana de Armas, que já havia mostrado sua habilidade para cenas de ação em 007: Sem Tempo para Morrer, pode não ser reconhecida por papéis dramáticos marcantes, mas assim como Keanu Reeves, ela compensa com presença, preparo físico e carisma. Ela se encaixa perfeitamente nesse universo, especialmente nas intensas cenas de luta, que são um espetáculo à parte. Destaque também para Victoria Comte, que interpreta sua versão mais jovem em um casting que funciona muito bem.
O restante do elenco — Norman Reedus, David Castañeda, Ian McShane e Lance Reddick — cumpre bem seus papéis, embora sirvam mais como peças narrativas do que como figuras centrais. Alguns poderiam até ser removidos sem grande impacto.
Keanu Reeves retorna como John Wick para uma participação especial breve, mas eficiente. A luta entre ele e a protagonista é daquelas que vale o ingresso — rápida, brutal e elegante, como tem que ser. Wick continua sendo o temido Baba Yaga, mesmo que por poucos minutos.
Ação visceral, como tem que ser
Se há um ponto onde Bailarina brilha, é na ação. Os combates são secos, intensos e meticulosamente coreografados. Cada golpe tem peso. Cada queda provoca dor. Cada bala tem impacto. A cena com o lança-chamas, em especial, é uma das melhores da franquia — brutal, estilosa e inesquecível.
Veredito
Bailarina John Wick é, acima de tudo, um filme de ação competente. Ele não reinventa o universo de John Wick, mas também não precisa. Com uma protagonista envolvente, cenas de luta marcantes e visuais cuidadosamente construídos, o longa se mantém fiel à proposta original, mesmo apresentando um vilão genérico e uma trama simples.
Ainda que inferior aos filmes principais da franquia, Bailarina entrega uma experiência sólida que agrada aos fãs e prova que o universo John Wick ainda tem muito a oferecer — inclusive com outras perspectivas.
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