Assassinos da Lua das Flores surpreende e cativa

Chega aos cinemas nacionais, o filme Assassinos da Lua das Flores (Killers of the Flower Moon). A Paramount Pictures e Apple Original Films trazem mais um filme dirigido por Martin Scorsese. Um longa de mistério, policial, drama, história, suspense e faroeste. Baseado no livro “Killers of the Flower Moon” de David Grann.

A Tribo Osage

Uma das principais influências na história da América do Norte é a existência, cultura e atrito com os seus nativos. As tribos indígenas inspiraram e fazem parte de muitos contos e acontecimentos. Por exemplo, a tribo dos Osage, que é o foco do filme.

Assassinos da Lua das Flores

Dessa forma, a história gira em torno dos membros da tribo e sucessivas mortes misteriosas deles. Conforme as mortes vão acumulando, o medo e receio aumentam, fazendo com que procurem uma solução.

Por serem os nativos e terem se estabelecido na região primeiro, eles possuem “concessões” das terras e riquezas.

Assassinos da Lua das Flores

Assassinos da Lua das Flores

Certamente, isso faz com que aqueles que chegaram depois na região, tentem pegar tais concessões, para ter a posse das terras. Afinal, quem não quer ser dono de terras e ter controle da própria vida?

“Lobos na pele de ovelhas” seria um bom jeito de descrever o que acontece neste caso. Isto é, os homens que se aproximaram dos Osage se mostrando como amigos e aparentando ajudar, na verdade, estão querendo roubar suas terras e riquezas.

Assim sendo, a história acompanha uma das famílias osage da região e as consecutivas mortes dos membros dela. Embora não sejam os únicos à morrerem ao longo do filme, são o foco. Essa família é composta por Lizzie Q, a mãe e suas filhas Anna, Minnie, Mollie.

Conforme elas morrem, uma à uma, o medo aumenta e a desconfiança cresce. Mas William Hale, o maior benfeitor dos Osage na região e amigo da família está sempre por perto para ajudar. Ele convence Ernest Burkhart, seu sobrinho, à se aproximar de Mollie e casar com ela, com a intenção de tomar as posses da família dela.

A morte à espreita

Assim que Ernest se aproxima de Mollie e ficam juntos, as irmãs dela começam a morrer. Não apenas elas, mas outros membros da tribo morrem por doenças ou mortes sem explicação ou assassinados. Até mesmo, chegando ao extremo de explodir uma casa para eliminar quem morava lá.

Eventualmente os Osage não aguentam mais e começam a procurar uma solução para esse problema e começam à investigar. Mas isso apenas faz as mortes aumentarem.

Assassinos da Lua das Flores

A análise

Apesar do filme ser bem longo, com três horas e vinte e seis minutos de duração, não se mostrou cansativo pela história em si. Conseguiu prender a atenção e manteve o interesse durante toda a história.

A história se desenvolve em um ritmo mais lento, mas isso não ficou ruim nem comprometeu o filme nem a experiência. Misturou bem elementos dos gêneros de drama, históricos, mistério, policial e suspense.

Com diversas interpretações satisfatórias, o filme agrada na sua maior parte. O que mais incomoda no filme, na verdade, são as atitudes e comportamento do personagem principal, Ernest e não a interpretação de Leonardo DiCaprio dele, que foi muito bom, por sinal. Me incomodaram como pessoa e por princípios, e não por falha de história ou script!

A ambientação e o clima criados na história ficaram bons e cativam o espectador. Mantendo o interesse na história e seu desenrolar. O estilo Velho Oeste ou Faroeste ficaram bem mesclados com a presença dos carros e trens da década de 20.

Em um visual mais visceral e bruto nos efeitos e detalhes, combinando com a proposta e ambiente. vê-se claramente o quanto o ser humano pode ser perverso e inescrupuloso para conseguir o que quer. Até que ponto alguém pode ir para saciar seus desejos e ambições?

Portanto, o filme Assassinos da Lua das Flores agrada bastante e se mostra uma ótima experiência para quem gosta dos gêneros e para quem se interessa sobre a cultura das tribos indígenas. Um ótimo entretenimento e excelente sessão cinematográfica. Recomendado!

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Nerd: Guilherme Vares

Formado em Ciências da Computação e Pós em Jogos Digitais, aspirante à Game Designer, tendo Rpg e boardgames injetados diretamente na veia, adepto de jogos em geral e voraz consumidor de livros, séries e filmes.

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