Morram de inveja, mas eu já vi o primeiro episódio de Westworld e entrevistei Rodrigo Santoro, uma das estrelas da série. Só posso adiantar que ela é realmente muito legal!
A série consiste em 10 episódios de 1h de duração cada e traz uma odisseia obscura sobre o despertar da consciência artificial e o futuro do pecado, explorando um mundo em que cada desejo humano, independentemente do seu nível de nobreza ou depravação, pode ser perdoado. O cenário está dividido em um parque de experimentos e os criadores das atividades dessas personagens.
Já no primeiro episódio a gente pode notar que a história trará grandes surpresas e nos deixa intrigados em cada cena. Há muito mistério, e como veremos na entrevista, o clima de suspense é mantido até para os atores da obra.
Westworld foi criada para televisão por Jonathan Nolan (o mesmo de Interstelar e Batman- O Cavaleiro das Trevas), que também assina a direção, e juntamente com Lisa Joy assina o roteiro. A obra atual é inspirada no filme de 1973 Westworld – Onde Ninguém Tem Alma. O elenco é composto por Anthony Hopkins, Ed Harris, Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Tessa Thompson, Sidse Babett Knudsen, Jimmi Simpson, Rodrigo Santoro e mais um apanhado de gente jovem e muito boa.
Confesso que estava bastante nervosa no início da entrevista, pois sou fã do Rodrigo Santoro desde os tempos de Hilda Furacão (denunciei a idade agora!), mas logo em seguida já estava tranquila e me divertindo muito! Ele é muito carismático, bem humorado e afável!
Rodrigo, você sabe se a obra já está fechada, ou se ela é aberta? Sabe sobre o futuro da sua personagem? Porque ela me pareceu muito misteriosa.
Rodrigo Santoro: Eu não sei muito sobre o futuro. Eu sei só sobre esses 10 primeiros episódios que a gente fez, mas eu acho que ela é desenhada, porém aberta! A gente só tem o desenho da série e ai vai fluindo. E depende do estúdio, da recepção, de como ela vai, de como ela se desenvolve, mas o potencial é infinito!
Você está contracenando com atores que são bastiões de Holywood, como é isso?
Rodrigo Santoro: Acima de tudo são grandes artistas, muito mais do que seres famosos. É uma mistura muito interessante! Você tem o Anthony Hopkins, que é um mainstream absoluto, enfim, uma entidade, um Sir. E você tem Ed Harris que é um cara que acho é uma das maiores referências pra mim, sempre foi. E ai você tem Jeffrey Wright, que é um ator que se você fala o nome, de repente o grande público não conhece, mas já viu ele de várias formas, um ator camaleônico, então, eu sou um grande admirador de todos eles. Quando começaram a surgir os nomes, eu falei: “não tô acreditando que essas pessoas estão todas juntas”! É maravilhoso e ao mesmo tempo é uma seleção, né?! Então eu fico ali tentando só não estragar a história, entendeu?! (Risos) É um jogo num nível muito alto. Eu nunca vou trabalhar… Eu nunca vou pro set tão relaxado. Eu sempre vou num estado de alerta!
Ainda não está confortável?
Rodrigo Santoro: Confortável… eu não gosto dessa palavra. Eu não uso essa palavra pro meu trabalho. Eu não acho que a gente pode se acomodar e ela me remete a isso. Eu acho que o trabalho tá bom, tá prazeroso! Mas, conforto pra mim é sofá domingo, ali, vendo série ou filme. Esse lugar de ficar relaxadão, no trabalho, não me interessa muito. Prefiro ficar em um lugar que não é desconfortável, mas que sempre é um lugar de alerta. Lá eu tô focado, preparado e desperto, para encarar um desafio diário. Porque realmente é um desafio diário. A gente sai esgotado a cada dia! A série tem ritmo! Não é um filme, não é novela!
E como é essa diferença?
Rodrigo Santoro: É um ritmo ali entre uma coisa e outra. Ela é mais rápida do que um longa metragem, nas filmagens, mas ao mesmo tempo, é mais artesanal do que uma novela. É um lugar no meio. Então, ainda com esses atores, que de novo eu falo, eu já tive a oportunidade em outros trabalhos de atuar com outros atores muito famosos, tanto quanto, mas ali na série tem um certo calibre que coloca a troca em um nível em que eu tenho que tá esperto!
Rodrigo ainda disse que as gravações são realizadas em um rancho de estúdios e cidades cenográficas em Los Angeles e que as cenas externas são produzidas em Utah. Comentou que ele realmente não consegue fazer grandes preparações anteriores para as cenas, pois recebe os roteiros 10 dias antes de gravar e que é bacana trabalhar em uma obra em que o criador também é o diretor, e assim, várias decisões são tomadas na hora de rodar e que todos são muito abertos a sugestões e introdução de cacos ao roteiro. Que a única preparação que ele fez para personagem foi de trabalho corporal e vocal, mas que até hoje ele não sabe ao certo quem ela é, que é tudo muito experimental e visceral.
Pelo o que ele diz, a experiência em atuar em uma grande série é um trabalho completamente diferente do que ele já havia feito, que está sendo um grandioso desafio, que não dá tempo de refletir sobre o que poderia ter feito melhor ou não, que é melhor nem entrar nesse caminho, porque é muito perigoso e frustrante. Segundo ele, tem que ir lá, aberto e alerta e deixar as coisas fluírem a cada dia.
Westworld estreia dia 02 de outubro, às 23h, na HBO. Todo domingo um episódio inédito vai ao ar no mesmo horário. A partir do dia 06 de novembro, a série será exibida uma hora mais tarde, à meia-noite. E entre 23h e 0h, o canal reprisará o episódio anterior. Vamos aguardar!