Amor(es) Verdadeiro(s) vai além do romance e personagens fofos

A comédia romântica Amor(es) Verdadeiro(s) é baseada no livro homônimo da autora Taylor Jenkins Reid (que também escreve o roteiro ao lado do marido, Alex e escreveu o livro que inspirou a série Daisy Jones & The Six), é dirigida por Andy Fickman (conhecido por comédias como Segurança de Shopping 2 e Ela é o Cara).

Na trama, Emma (Phillipa Soo (das séries de TV Iluminadas e Dopesick) e Jesse (Luke Bracey) são um casal que se apaixonaram desde a adolescência e têm como hobby, viajar pelo mundo. Em um dia, ele resolve ir para o Alasca par um trabalho, mas o helicóptero que o levava, cai em alto mar, todos morreram, Jesse está desaparecido e também é dado como morto.

Emma decide seguir a vida adiante, está de casamento marcado com o professor de música Sam (Simu Liu, de Shang Chi e a Lenda dos Dez Anéis), o casal vive aparentemente bem, mas após 4 anos do acidente, Jesse retorna, Emma fica confusa sobre a sua vida amorosa e não sabe qual caminho segue.

O gênero comédia romântica estava em baixa nas telonas e nos últimos anos, estava praticamente os filmes do gênero só estreavam direto para streaming, sobretudo com as franquias Para Todos os Garotos e Barraca do Beijo. Parecia que este era o destino, mas a boa notícia é que, em 2023, dá sim para produzir um bom romance, uma boa comédia romântica e não necessariamente precisa inventar a roda, desde que tenha um bom texto, personagens e carisma envolvido.

E no caso deste aqui, tanto o filme quanto o livro têm tudo isso.

A história de uma mulher que precisa decidir com quem ficar e, na prática, ama os dois homens da sua vida, não é algo novo e até o Brasil já explorou com Dona Flor e Seus Dois Maridos, mas é importante saber que há toda uma construção na história e o envolvimento emocional com os personagens é imediato.

Tanto o filme quanto o livro, usam e abusam de flashbacks. Logo no início, somos apresentados ao trio principal na adolescência, o relacionamento de Emma com Jesse, o trauma após a suposta morte do marido e a relação com Sam, a química entre eles e como ela teve que seguir em frente, não apenas no que diz a relacionamentos, mas até mesmo na vida pessoal e profissional, pois a Emma apresentada no início e nos flashacks, é uma moça apaixonada por viagens, não gosta de ler e de ficar com a família, mas com o passar do tempo e com a tragédia, ela assume o negócio da livraria da família, toma gosto pela leitura e se torna mais caseira.

E por falar na família, vale destacar Marie (Michaela Conlin), irmã da protagonista, que serve como a consciência dela, apesar de a relação entre elas alterar drasticamente conforme Emma evolui na história. É uma personagem que funciona e quanto mais se descobre sobre ela, mais interessante fica.

Amor(es) Verdadeiro(s) não é um longa perfeito, nem mesmo Andy Fickman faz um grande trabalho na direção e nem todos os atores convencem nos papéis – Luke Bracey apresenta uma atuação abaixo dos seus colegas, por exemplo – mas é um alívio para os fãs do gênero comédia romântica, vale ver a dois, dar um pouco de esperança em um mundo polarizado e com muito ódio envolvido.

Sempre há uma luz no fim do túnel.

Posts Relacionados:

Guardiões da Galáxia Vol 3: Marvel ainda tem força!

A Primeira Morte de Joana é um drama edificante e necessário

O Nascimento do Mal é cheio de sustos desnecessários

Não esquece de seguir o Universo 42 nas redes sociais:

Instagram YouTube Facebook

Nerd: Raphael Brito

Não importa se o filme, série, game, livro e hq são clássicos ou lançamentos, o que importa é apreciá-los. Todas as formas de cultura são válidas e um eterno apaixonado pela cultura pop.

Share This Post On