Estreou esta semana nos cinemas, o filme Alien Covenant, o qual continua a história mostrada em Prometheus onde os arqueologistas Elizabeth Shaw e Charlie Holloway pesquisam indícios sobre as origens do ser humano. Depois de muitas cenas de tensão – incluindo Elizabeth arrancando a criatura horrenda do próprio ventre (cena que passou a ser uma das mais icônicas do cinema), os personagens escapam do planeta em uma nave alienígena, não para voltar para a Terra, mas sim para o lugar de onde eles vieram, em busca de respostas do porquê nos criaram e agora querem nos exterminar.
Alien Covenant se passa 10 anos após os acontecimentos de Prometheus (2103) e inicia-se com uma cena do passado em que Peter Wayland conversa com David logo após construí-lo. Então, volta para o presente, onde a nave colonizadora Covenant está à caminho de um planeta distante para confirmar se é habitável. A viagem ainda irá demorar mais de 7 anos, quando o sintético Walter (visualmente igual à David), inicia o procedimento de recarregar a nave com energia solar. Durante o processo uma onda de choque de energia atinge a nave, danificando as telas, forçando o despertar da tripulação para poderem consertar a nave.
Após os reparos, recebem um sinal desconhecido e ao analisarem, descobrem que origina-se de um pequeno planetoide que possui mais elementos propensos à habitação humana do que o planeta para o qual estão indo. Assim, o capitão resolve ir até este planeta investigar e descobrir o que é esse tal sinal. É quando as coisas começam a dar errado.
Conseguem explicar (até certo ponto), o que ocorreu após Elizabeth e David saírem do planeta em Prometheus, em busca dos criadores, e o que isso tem a ver com os Aliens que conhecemos. Vemos interações diferentes com os Aliens e temos a explicação do porque existem e como chegaram ao ponto que são em Alien, o oitavo passageiro. Ainda deve ter mais história por vir antes de conectar de fato com o primeiro filme desta série. Levando em conta que no longa antigo eles encontram uma nave igual a que aparece em Prometheus, e neste filme temos a nave Covenant, conclui-se que ainda teremos mais história pela frente. Vê-se a evolução dos Aliens, desde o que vimos em Prometheus, até sua versão de 1979.
Algo interessante é que a nave Convenant possui um sistema de inteligência artificial que a controla inteira, denominado “Mother” (Mãe). E em Alien, oitavo passageiro este sistema também existe na nave Nostromo.
Algo que 
gostei em Covenant é a sombra de mais narrativa do que em Alien (O Oitavo passageiro) e Prometheus, já que muitas dúvidas ficaram no ar ao final deste último. Não se explicou a origem dos alienígenas, seus reais motivos, o porque nos querem mortos, entre outras coisas. O filme começa a explicar alguns pontos, mas mesmo assim, muita coisa ainda ficou sem resposta. Espero que as tenhamos no futuro!
O filme impressiona no quesito visual. Capricharam nos cenários e nos efeitos especiais; os Aliens estão bem feitos e mais “fluídos”, com movimentos e reações mais “humanas”. Continua com um ambiente sombrio e desolado, mas desta vez, com ruínas de civilização e várias pistas.
Apesar de seguir a mesma fórmula do primeiro filme, em que um sinal é recebido e desvia-se a trajetória para investigar, nós também temos explicações. Uma tentativa de ligar pontos deixados tanto em Prometheus quanto no resto dos filmes da série. Vemos um esforço aqui para que as coisas façam algum sentido e que tenha-se uma origem para tudo que a série nos apresenta. Não há tantas cenas de ação, mas as que tem são satisfatória.
Algumas coisas estão fadadas a se repetirem: como a imprudência humana perante o perigo. Mesmo sendo claro que algo está errado e deve ser claramente perigoso interagir com algo desconhecido, ainda assim, alguns dos tripulantes cometem tal erro e expõem os outros integrantes ao perigo. O longa consegue manter uma tensão constante, o que é um ponto positivo. Te deixa em dúvida e confuso em alguns momentos, mas também de maneira positiva.
Algo que me incomodou muito, foi o fato de que parece claro que eles conhecem bem o sintético que os acompanha, Walter, e como ele funciona. Porém, há um momento no filme que simplesmente não notam que há algo errado, sendo que para o espectador isso fica totalmente evidente. Mas não é apenas um mero detalhe, é algo gritante, e mesmo levando em conta stress, medo, adrenalina e tudo o que acontece no filme, ainda assim, acho difícil aceitar que simplesmente não notaram nada estranho.
O longa termina claramente com um gancho para uma continuação para explicar paradeiro de algumas coisas e explicar como chega-se onde o filme de 1979 se encontra.
Então, para aqueles que gostam do gênero e da série, recomendo assistirem!
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